Na pandemia, em 2020, lembrou que ninguém se salva sozinho. O momento em que caminhou e rezou pela humanidade, solitário e em silêncio, na praça de São Pedro, foi dos mais marcantes do seu pontificado, para crentes e não crentes. De resto nunca falou apenas para o interior da Igreja, tocando o coração de muitos não católicos.
Defensor de uma Igreja mais inclusiva e acolhedora, o Papa autorizou a bênção de casais em situação irregular, incluindo as uniões entre pessoas do mesmo sexo. A decisão causou algumas reações negativas, a que Francisco respondeu, numa entrevista: “Ninguém se escandaliza se eu abençoar um empresário que talvez explore pessoas – e isso é um pecado muito grave. Mas escandaliza-se se eu der a bênção a um homossexual... é uma hipocrisia!", afirmou.
Francisco foi incansável na luta contra a pedofilia na Igreja, que considerou uma “monstruosidade”, e definiu regras mais claras para a prevenção, deteção e combate destes casos no seio da Igreja, tendo pela primeira vez reduzido ao estado laical um cardeal condenado por abusos, o antigo arcebispo emérito de Washington, Theodore McCarrick.