Em direção à Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Maria Nela, de 65 anos, segue emocionada. Veio com a família do Algarve para cumprir a visita que faz todos os anos ao Santuário de Fátima, mas desta vez foi "mais especial".
Numa luta contra as lágrimas, Maria refere-se ao Papa Francisco como "um homem da reconciliação, do amor e da paz" que "foi grande para a Igreja e uma referência para os mais velhos e para os mais jovens". Maria lembra que o Papa deixou ainda "uma mensagem para os governantes pensarem".
Ao lado, mais tranquilo, o marido fala numa "grande perda para a Igreja" e de um Papa que foi "com o qual mais se identificou". Manuel Mira espera que o próximo Papa "seja igual" a Francisco — mas "mais novo" e, já agora, "português", para "se mostrar ao mundo que Portugal tem paz e amor".
Da Moita, Maria Soares veio com a filha a Fátima por razões pessoais, tendo agora estendido as orações ao Papa. Afirma que Francisco "veio remodelar e mudar as identidades para a aceitação de todos na Igreja" e fala de um legado que "está num bom caminho e tem de ser continuado".
Guarda na memória a viagem que fez a Roma, onde conseguiu ver Francisco. Diz que lhe "ficou muito na memória a mensagem contra as armas e a favor da paz".