Ouve-se tambores e pratos. Para os alunos do Centro de Línguas e Culturas Shumin, em Lisboa, é mais um domingo de ensaios para as marchas de abertura do Ano Novo chinês, que começa a 29 de janeiro de 2025.
Pouco passa da hora de almoço e na Alameda, que cruza a avenida Almirante Reis, Paulo Zhou ensina os passos de uma dança guerreira do sul da China — Yingee, que em mandarim se escreve “英歌舞”.
Elsa tem 13 anos e aprende, pela primeira vez, os movimentos de uma coreografia “que é muito especial”. Ao lado, Lúcia está pela terceira vez a ensaiar para as marchas e quer partilhar com as pessoas a alegria que sente com a chegada do novo ano.
A chuva miudinha ameaça o ensaio, que decorre no local onde, este fim de semana, se vai celebrar o Ano da Serpente. Quando a intensidade dos chuviscos aumenta, o professor encaminha o grupo de 27 para se abrigar junto a um restaurante asiático. Em escassos minutos, o segurança do metro convida-os a continuar as danças dentro da estação da Alameda.