A paralisação decorre esta quinta-feira e na sexta. Para o sindicato, esta é uma "forma inédita" de união dos docentes das escolas portuguesas num protesto.
Com esta legislação, os professores recebem 150 euros para deslocações entre 70 e 200 quilómetros, 300 euros entre 200 e 300 quilómetros e 450 euros acima de 300 quilómetros.
Além da realização das provas, que o sindicato considera não servir qualquer propósito e acrescentar mais trabalho burocrático à lista de tarefas dos professores, o Stop critica o recurso a uma "bolsa solidária" de docentes para a correção das provas.
O vice-secretário-geral da Fesap preferiu não antecipar expectativas de adesão e lembrou ainda que "para os hospitais há serviços mínimos", tal como obrigatório por lei.
Números avançados por Fernando Alexandre sobre alunos sem aulas desde o início do letivo estavam errados. À Renascença, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, diz que foi evidente, desde o primeiro instante, o lapso cometido pelo Ministério da Educação. Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares não compila dados de alunos sem professores. A conta é feita no sentido inverso: horários por preencher e professores em falta.
A Fenprof reconheceu a importância da medida para resolver o problema da precariedade, mas disse que falha em relação ao objetivo principal: dar resposta à falta de professores, sobretudo nas escolas onde esse problema é maior.
Em dois meses de aulas, centenas de escolas já fecharam portas em cinco greves de âmbito nacional. Hoje há mais uma, convocada pelo S.T.O.P. - o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, que recusa banalização dos protestos.
Paralisação na Educação desta sexta-feira é a sexta de âmbito nacional desde o início do ano letivo e, uma vez mais, surge colada ao fim de semana. Luís Gonçalves da Silva fala em ambiente politizado no sindicalismo, indiferente à reposição de rendimentos: "São estratégias complementares de alguns partidos que, tendo perdido alguma força em atos eleitorais, veem na rua um mecanismo para se reforçarem."