A Fenprof reconheceu a importância da medida para resolver o problema da precariedade, mas disse que falha em relação ao objetivo principal: dar resposta à falta de professores, sobretudo nas escolas onde esse problema é maior.
Em dois meses de aulas, centenas de escolas já fecharam portas em cinco greves de âmbito nacional. Hoje há mais uma, convocada pelo S.T.O.P. - o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, que recusa banalização dos protestos.
Paralisação na Educação desta sexta-feira é a sexta de âmbito nacional desde o início do ano letivo e, uma vez mais, surge colada ao fim de semana. Luís Gonçalves da Silva fala em ambiente politizado no sindicalismo, indiferente à reposição de rendimentos: "São estratégias complementares de alguns partidos que, tendo perdido alguma força em atos eleitorais, veem na rua um mecanismo para se reforçarem."
A estrutura sindical recorda que em maio chegou a acordo com a tutela pela recuperação total do tempo de serviço congelado - seis anos, seis meses e 23 dias -- que levou à publicação de um diploma que veio "corrigir uma situação de grande injustiça, constituindo também um fator de dignificação e valorização da carreira docente.
As negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente vão arrancar a partir de 21 de outubro e o ministro espera que o processo esteja concluído no prazo de um ano.
Ministério da Educação recebe esta quinta-feira os sindicatos do setor. Fenprof entende que a solução passa por recuperar os mais de 14 mil professores que, que nos últimos anos, deixaram a docência.
Federação Nacional dos Professores atribuiu ao Governo um "sinal mais pela recuperação do tempo de serviço dos professores", ainda assim diz que é preciso esperar para ver como irá decorrer o arranque das aulas.