Renascença teve acesso a despacho da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e da Inspeção Geral da Administração Interna. Presença do agente é inconveniente. Factos afetam credibilidade da polícia.
A Inspeção-Geral da Administração Interna não recebeu, até ao momento, qualquer queixa de abuso policial em relação ao comportamento da polícia na Rua do Benformoso, mas decidiu abriu um processo administrativo “de natureza não disciplinar” para reunir informações para análise interna.
No primeiro semestre foram suspensos de oito militares da GNR e de um inspetor do ex-SEF. No terceiro trimestre, um militar da GNR e cinco polícias da Polícia de Segurança Pública foram suspensos de funções.
Em causa estão baixas apresentadas por elementos das forças de segurança no âmbito dos jogos de futebol Famalicão-Sporting, Feirense-Académico de Viseu e Leixões-Nacional.
A IGAI recomenda à PSP e GNR um "reforço e formação" do efetivo, dos carros, equipamento e fardamento, adaptação das instalações ao exercício de funções do efetivo feminino, acesso do público a casas de banho exclusivas e adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, criação e instalação de salas de atendimento à vítima, reparação das instalações e equipamentos que se encontram danificados e substituição das telhas em amianto.
Entre "as inconformidades" encontradas, a IGAI destaca um sistema de videovigilância que "suscita preocupação e motiva dúvidas quanto ao seu correto funcionamento, utilidade e adequado uso nos termos da lei", não existência de plataformas de comunicação e um efetivo policial que não incluía elementos da PSP do sexo feminino.
A inspetora-geral da Administração Interna justifica abertura devido "à violência" das imagens que mostram vários agentes a agredir à bastonada suspeitos de terem furtado uma viatura.
O organismo que fiscaliza a atividade das polícias abriu no ano passado menos oito processos disciplinares do que em 2022, bem como as penas aplicadas, que foram menos nove em 2023.