A Polícia Judiciária e a GNR juntaram-se em Vila Real para explicarem a operação que levou à detenção do suspeito de um duplo homicídio e que teve como objectivo a sua captura "com vida".
O suspeito, um aposentado de 61 anos, andou a monte mais de um mês e
foi detido quarta-feira em casa, mas apesar de estar armado não ofereceu resistência. Manuel Baltazar, conhecido por "Palito", vai ser esta tarde presente a juiz, em São João da Pesqueira, no distrito de Viseu.
O inspector-chefe da Judiciária de Vila Real, António Torgano, recusou-se a dar pormenores sobre a detenção do suspeito, em Valongo dos Azeitese, limitou-se a explicar, pela primeira vez em mais de um mês, a operação conjunta que foi desencadeada com vista à captura do foragido.
"Foi desenvolvida então uma operação policial após a ocorrência dos crimes que teve dois objectivos: garantir a segurança da comunidade e proceder à localização e detenção do suspeito com vida. Refiro, com vida, no sentido de o apresentar à justiça", salientou o responsável.
Pelo lado da GNR, o tenente-coronel Eduardo Seixas salientou que a participação da Guarda nesta operação visou atingir três objectivos. "Primeiro, da colaboração institucional que sempre existe e se verificou mais uma vez com a PJ, a quem competia a direcção das acções de investigação. Colaboração e coordenação que foi permanente no terreno sobre as acções que havia para desenvolver", referiu. Depois, a GNR deslocou "para o terreno um dispositivo policial considerado necessário para garantir a segurança das populações e aumentar o seu sentimento de segurança".
Por fim, Eduardo Seixas referiu que a colocação dos militares na zona pretendeu "limitar aquilo que era a manobra do suspeito e as movimentações que foram sendo assinaladas no terreno".
O homem, conhecido como "Palito", é suspeito da morte de uma tia e da mãe da sua ex-mulher, e de, no mesmo ataque, ter disparado também contra a sua ex-companheira e a sua filha a 17 de Abril. Manuel Baltasar estava com pulseira electrónica e proibido de contactar a ex-mulher, no âmbito de um processo de violência doméstica.