24 mar, 2013 • Ângela Roque
As obras de conservação e restauro da Capela de Nossa Senhora da Lapa foram pensadas para coincidir com os 250 anos da Torre dos Clérigos.
“Esta Capela estava encerrada e em ruína, ao abandono, e resolvemos devolvê-la, com o seu esplendor e beleza, à cidade e aos turistas que nos visitam”, explica o padre Américo Aguiar, da Irmandade dos Clérigos.
As obras custaram 100 mil euros. Mas, para aquele responsável, o valor histórico e cultural do local justifica o esforço financeiro.
O padre Américo lembra que esta “foi a capela onde começou, na cidade do Porto, a devoção a Nossa Senhora da Lapa, e temos de regressar ao ano de 1790, quando um padre, vindo do Brasil, trouxe essa devoção aqui para a cidade do Porto, que depois dá origem à Ordem da Lapa e à grande e belíssima igreja da Lapa que existe na cidade do Porto onde, aliás, está o coração de D. Pedro. Mas esta capelinha estava como que esquecida, abandonada e agora está belíssima”.
Será D. Manuel Clemente a benzer e inaugurar a renovada Capela às 17h30 de Domingo, dia em que celebra seis anos como Bispo do Porto.
Uma data que vai também assinalar com o lançamento de um novo livro. “O Tempo Pede Uma Nova Evangelização” é o título da obra que vai ser apresentada pelo padre Tolentino Mendonça, e que oferece a reflexão que o Bispo do Porto tem feito nos últimos anos sobre a urgência e necessidade da nova evangelização.
Carrilhão dos Clérigos toca sempre às 12h e às 17h
Os 250 anos da Torre dos Clérigos vão ser também assinalados com vários concertos de Carrilhão ao longo da Semana Santa.
Segundo o padre Américo Aguiar, de Domingo de Ramos até Quinta-feira Santa, as carrilhanistas Ana e Sara Elias “oferecerão à cidade, ao meio-dia e às 17h00 de cada um destes dias, o som do carrilhão da Torre, também para acolhermos aqueles que nos visitam”.
“E são muitos os turistas nesta semana, especialmente vindos da nossa vizinha Espanha”, sublinha.
O padre Américo diz ainda que a Irmandade dos Clérigos gostava de oferecer à cidade mais concertos, mas “não é fácil, porque as carrilhanistas não vivem sequer no Norte do país”. Os da Semana Santa têm como mecenas a Associação Comercial do Porto.