05 mar, 2014
O Patriarca de Lisboa lançou esta quarta-feira de Cinzas um desafio para a Quaresma que agora começa: que todos os católicos assumam um compromisso comunitário e ajudem a combater a indiferença.
Na homilia proferida na celebração das Cinzas, na Sé de Lisboa, D. Manuel Clemente recordou palavras do Papa Francisco e considerou urgente acabar com a indiferença que predomina na sociedade.
“Não nos paralise a grande a complexidade dos grandes problemas que tanto desafiam as previsões dos entendidos. Comecemos onde estamos e com que estamos, com que nos procura ou procuremos nós, mas nada se resolverá sem solucionarmos aquilo a que o Papa Francisco chama, muito certeiramente, a crise do compromisso comunitário, crise que por deixar de nos reconhecer como pessoas concretas excluiu tragicamente a muitos e acabou por globalizar a indiferença”, sublinhou.
O Patriarca de Lisboa deixou esta quarta-feira à noite um apelo a todos os católicos para que aproveitem a Quaresma para se darem aos outros sem egoísmos. Defendeu que é preciso despir a pele de meros espectadores da miséria e da falta de solidariedade que abunda na sociedade.
“Perante tanta miséria alheia ou própria, tanta dificuldade acrescida por falta de solidariedade autêntica, por tanta perda do sentido humano e humanizante que a economia, a política e a cultura haviam de ter, não podemos ficar de fora como quem adia resoluções ou esquece responsabilidades”, afirmou D. Manuel Clemente.
“A entrada quaresmal no caminho que Deus nos abre em Cristo e no seguimento de Cristo só acontece com os outros e pelos outros, ultrapassando o egoísmo alheado pelo apoio concreto a quem precisa de acolhimento, companhia e ajuda. Não há outra Quaresma a fazer rumo à Páscoa que o mundo espera na sua total consequência”, salientou o prelado.
D. Manuel Clemente considerou ainda urgente acabar com a indiferença que predomina na sociedade e apelou a um maior compromisso comunitários de todos os católicos.
“Não nos paralise a grande a complexidade dos grandes problemas que tanto desafiam as previsões dos entendidos. Comecemos onde estamos e com que estamos, com que nos procura ou procuremos nós, mas nada se resolverá sem solucionarmos aquilo a que o Papa Francisco chama, muito certeiramente, a crise do compromisso comunitário, crise que por deixar de nos reconhecer como pessoas concretas excluiu tragicamente a muitos e acabou por globalizar a indiferença”, sublinha o Patriarca.