01 jul, 2014 • Aura Miguel
É preciso dar razões de fé e esperança no actual contexto de dificuldades, defendeu o Patriarca de Lisboa, num encontro da Associação de Juristas Católicos realizado esta terça-feira na Universidade Católica, em Lisboa.
D. Manuel Clemente inspirou-se numa “frase lapidar” deixada por Bento XVI quando visitou o Porto, em Maio de 2010: “nada impomos, mas sempre propomos”.
“É por causa disso que é hoje requerido de uma maneira especialíssima que haja associações profissionais católicas em diversos sectores que maturem, possam expandir e ser convincentes, por teoria e prática, das razões da sua esperança”, salientou.
O Patriarca considera que esta é a “primeira linha” e a “competência própria do laicado nas realidades temporais, para que, nesse laboratório que a sua própria vida é e que as suas associações vitalizam possam oferecer à sociedade de nós todos, crentes e não crentes, razões de esperança”.
Na sua intervenção, Germano Marques da Silva, da Associação de Juristas Católicos, defendeu que o debate público sobre a liberdade de consciência não pode ficar só nas mãos dos políticos e os juristas devem participar activamente, sobretudo no campo dos Direitos do Homem.
“É nosso dever cívico como juristas, é nosso dever como juristas católicos, participar activamente nesse debate. Não deixemos apenas aos políticos que condicionem a nossa liberdade”, declarou Germano Marques da Silva.