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"A incompetência dos governos leva à emigração"

12 ago, 2014 • Olímpia Mairos

Em Fátima, o director da Obra Católica Portuguesa para as Migraçõe denunciou as "políticas e os governos" que obrigam à emigração.

"A incompetência dos governos leva à emigração" e "há muitos portugueses a sair do país, à procura de uma vida melhor", afirmou, esta terça-feira, o director da Obra Católica Portuguesa para as Migrações, Frei Sales Diniz.

"A emigração, as migrações são uma denúncia, uma denúncia contra as políticas e contra os governos", "uma denúncia contra a incompetência dos políticos de criarem condições para fixar as suas populações", afirmou, na conferência de imprensa de apresentação da peregrinação anual do migrante e refugiado ao Santuário de Fátima.

"O que nós estamos a assistir neste momento, no nosso país, é esta incompetência, fruto de uma crise de valores, de uma corrupção política e financeira, que levou a que o país não tivesse condições para criar trabalhos e fixar sobretudo as nossas populações jovens", criticou.

Aludindo ao "grande fluxo migratório", que classificou como "quase uma sangria da população portuguesa, a sair por esta Europa fora, por este mundo fora", referiu que há quem saia do país sem esperança e revoltado com os políticos e com o Estado, "por não lhes terem dado condições para poder construir a sua vida na sua terra".

"Os nossos jovens estão a sair das universidades e de escolas profissionais e, depois de um esforço, de um investimento dos próprios pais e, às vezes, de dívidas muito difíceis de pagar, chegam ao mercado de trabalho e não encontram trabalho e não têm outra alternativa que sair", alerta.

Igreja denuncia e oferece "mão solidária"
"À Igreja cabe também denunciar e alertar para as injustiças e atentados contra a própria vida humana", diz o director da Obra Católica Portuguesa para as Migrações.

A todos os que saem hoje do país à procura de um futuro melhor, a Igreja assegura uma "presença amiga e solidária".

"Onde estiverem os portugueses, para onde eles emigrarem, podem ter a certeza que vão contar com a mão estendida da Igreja, uma mão solidária, pronta para os acolher e acompanhar nos caminhos difíceis da emigração", assegura.