Os grupos muçulmanos do Reino Unido pediram esta quinta-feira a libertação de Alan Henning, um voluntário britânico detido na Síria e feito refém pelo Estado Islâmico.
“Nós, Imãs muçulmanos britânicos, organizações e indivíduos desejamos expressar o nosso horror e repulsa face ao assassinato sem sentido de David Haines e a ameaça que paira sobre a vida do nosso compatriota”, lê-se numa carta assinada por mais de 100 grupos e líderes muçulmanos. “Apelamos à libertação imediata do senhor Henning”.
“Os fanáticos não estão a actuar como muçulmanos, mas - como o primeiro-ministro disse -
estão a actuar como monstros. Isto não é uma guerra santa. É uma guerra contra a humanidade”, sublinha a carta enviada ao jornal “The Independent.”
“Imploramos que vejam os erros deste caminho” tão contrário aos ensinamentos do Alcorão.
No último vídeo publicado pelos jihadistas, os extremistas alegadamente mostraram a decapitação de David Haines. O escocês, de 44 anos, tinha sido raptado em Março do ano passado na Síria quando trabalhava para uma organização não-governamental francesa.
Nesta gravação ameaçaram fazer o mesmo a Alan Henning, de 47 anos.
Novo vídeo do Estado Islâmico
O autoproclamado Estado Islâmico divulgou esta quinta-feira, na Internet, mais um vídeo intitulado 'Lend me your ears'. É usado o britânico John Cantlie, o quarto refém a passar a mensagem dos jihadistas.
Segundo a BBC, nas imagens surge o jornalista John Cantlie, de 43 anos, que trabalhava para várias publicações.
Na gravação não aparece nenhum membro do Estado Islâmico e o discurso parece dirigir-se à população em geral, ao contrário das outras mensagens que tinham como alvos os líderes norte-americanos e britânicos.
“É um vídeo de propaganda”, explica o correspondente da BBC. “Não termina com nenhuma ameaça apesar de ser claro que foi filmado sobre stress e que ele está a ler de um guião, não há nenhuma faca ou arma a ser apontada à sua cabeça.”