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Muçulmanos britânicos pedem ao Estado Islâmico para libertar refém

18 set, 2014

Mensagem, assinada por mais de 100 grupos e líderes religiosos, é divulgada no mesmo dia em que surge um novo vídeo dos jihadistas.

Muçulmanos britânicos pedem ao Estado Islâmico para libertar refém
Uma criança palestiniana lê o Corão na Mesquita de Al-Omari, na cidade de Gaza. Os muçulmanos estão em pleno período do Ramadão. EPA/ALI ALI
Os grupos muçulmanos do Reino Unido pediram esta quinta-feira a libertação de Alan Henning, um voluntário britânico detido na Síria e feito refém pelo Estado Islâmico.

“Nós, Imãs muçulmanos britânicos, organizações e indivíduos desejamos expressar o nosso horror e repulsa face ao assassinato sem sentido de David Haines e a ameaça que paira sobre a vida do nosso compatriota”, lê-se numa carta assinada por mais de 100 grupos e líderes muçulmanos. “Apelamos à libertação imediata do senhor Henning”.

“Os fanáticos não estão a actuar como muçulmanos, mas - como o primeiro-ministro disse - estão a actuar como monstros. Isto não é uma guerra santa. É uma guerra contra a humanidade”, sublinha a carta enviada ao jornal “The Independent.” 

“Imploramos que vejam os erros deste caminho” tão contrário aos ensinamentos do Alcorão.

No último vídeo publicado pelos jihadistas, os extremistas alegadamente mostraram a decapitação de David Haines. O escocês, de 44 anos, tinha sido raptado em Março do ano passado na Síria quando trabalhava para uma organização não-governamental francesa.

Nesta gravação ameaçaram fazer o mesmo a Alan Henning, de 47 anos.

Novo vídeo do Estado Islâmico
O autoproclamado Estado Islâmico divulgou esta quinta-feira, na Internet, mais um vídeo intitulado 'Lend me your ears'. É usado o britânico John Cantlie, o quarto refém a passar a mensagem dos jihadistas.

Segundo a BBC, nas imagens surge o jornalista John Cantlie, de 43 anos, que trabalhava para várias publicações.

Na gravação não aparece nenhum membro do Estado Islâmico e o discurso parece dirigir-se à população em geral, ao contrário das outras mensagens que tinham como alvos os líderes norte-americanos e britânicos.

“É um vídeo de propaganda”, explica o correspondente da BBC. “Não termina com nenhuma ameaça apesar de ser claro que foi filmado sobre stress e que ele está a ler de um guião, não há nenhuma faca ou arma a ser apontada à sua cabeça.”