30 nov, 2014 • Aura Miguel
O Papa apelou aos líderes políticos, intelectuais e religiosos do Islão para que condenem o terrorismo.
“Seria belo se todos os líderes muçulmanos - sejam eles líderes políticos, religiosos ou académicos – o digam claramente e o condenem, Porque isso ajudará a maioria do povo muçulmano a dizer que é verdade, mas através da boca dos seus líderes”, disse.
A bordo do avião papal, Francisco revelou aos jornalistas que o acompanhavam que fez essa sugestão ao presidente turco em privado.
O Sumo Pontífice sublinhou a necessidade de uma condenação global que também ajude a acabar com o estereótipo de que o islão é sinónimo de terrorismo.
“Perante estes actos terroristas, não só nesta zona mas também em África, muitos muçulmanos se sentem ofendidos. Creio que não se pode dizer que todos os muçulmanos são terroristas, não se pode dizer. Tal como não se pode dizer que todos os cristãos são fundamentalistas, porque também os temos, em todas as religiões há destes grupinhos”, disse.
Francisco acrescenta que “todos precisamos de uma condenação mundial, também por parte dos muçulmanos com identidade, para que digam ‘não somos daqueles’, ‘o Corão não é aquilo’.
Na mesma ocasião, o Papa reafirmou ainda o seu desejo de visitar o Iraque, apesar de compreender que este não é ainda o momento por questões de segurança.