32,72%
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58 Deputados
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1,36%
1 Deputados
2,81%
1 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 35,62%
  • Votos Nulos: 0,99%
  • Votos em Branco: 1,44%

Total esquerda: 68Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 157Mandatos

Primavera Árabe

Islamistas são os grandes vencedores das eleições no Egipto

05 dez, 2011

Ao contrário de algumas previsões, grande luta não está a ser entre liberais e partidos islâmicos, mas entre diferentes ramos de islamistas.

Islamistas são os grandes vencedores das eleições no Egipto
Finda a primeira volta das eleições no Egipto torna-se claro que os grandes vencedores são os partidos islâmicos, com os movimentos liberais a serem relegados para um plano secundário.

Em primeiro lugar está, como era previsto, a Irmandade Muçulmana. Mas em segundo lugar, e de forma surpreendente para muitos, está o al-Nour, um partido salafita, que advoga uma interpretação mais rigorosa dos preceitos islâmicos.

O al-Nour chegou a fazer parte da coligação chefiada pela Irmandade Muçulmana, mas antes das eleições decorreu a separação. Com as eleições os salafitas conseguiram mesmo destronar o principal partido liberal, o Bloco Egípcio, e conseguir o segundo lugar.

O resultado é alarmante para os liberais, sobretudo os cristãos, 95% dos quais terão votado no Bloco Egípcio.

Declarações dos responsáveis, quer da Irmandade, quer do al-Nour, mostram divisões significativas entre os partidos. Em entrevista à Reuters Emad Abdel Ghaffour, líder dos salafitas, não põe de parte a obtenção de um consenso, mas afirma que “detestamos ser seguidores”.

Os salafitas procuram seguir estritamente o exemplo dos primeiros discípulos de Maomé. O grupo advoga banir os juros bancários, a venda de álcool, a utilização de bikinis e a proibição de mulheres e de não-muçulmanos de altos cargos públicos.

Já a Irmandade Muçulmana tem uma visão mais pragmática e moderada da realidade.

Estas eleições, que decorrem em várias voltas, levarão à formação de um parlamento que, por sua vez, elegerá uma assembleia constituinte para redigir uma nova constituição.