Ministro destaca papel do Turismo Religioso para a recuperação do país
01 mar, 2012 • Ecclesia
Apostas para o sector passam pela valorização de «Caminhos de Espiritualidade», como na região Centro
O ministro da Economia e do Emprego acredita que o Turismo Religioso pode desempenhar um papel “importantíssimo” na recuperação económica do país nos “próximos anos”.
Álvaro Santos Pereira falava à Agência Ecclesia durante a inauguração da 24ª Bolsa de Turismo de Lisboa, que teve lugar esta quarta-feira na FIL.
No certame internacional, que se prolonga até domingo, o representante do Governo teve oportunidade de ficar a par de alguns dos projectos que estão a ser desenvolvidos pelas diversas entidades regionais de turismo, relacionados com o aproveitamento do património religioso e cultural existente.
Uma dessas iniciativas está relacionada com a criação de ‘Caminhos de Espiritualidade’ e foi apresentada pela entidade de Turismo do Centro, em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro.
O principal objectivo é revitalizar, conservar e dinamizar duas das rotas de peregrinação mais emblemáticas que passam por aquele território.
A ‘rota das Carmelitas’, que liga o Carmelo de Coimbra ao Santuário de Fátima, através de um troço de 111 quilómetros que poderá ser feito a pé ou de bicicleta, e o ‘Caminho de Santiago’ que passa por nove concelhos da região centro, numa extensão de 144 quilómetros.
No caso concreto da rota que segue até Santiago de Compostela, no nordeste de Espanha, está prevista também uma aposta na recuperação ou construção de raiz de vários albergues que possam acolher os milhares de turistas que, todos os anos, percorrem aquele caminho.
Durante a sessão de apresentação dos ‘Caminhos de Espiritualidade’, que vão representar um investimento na ordem dos 500 mil euros, o presidente da entidade de Turismo do Centro, Pedro Machado, destacou a importância do projecto para a “criação de condições de segurança” para os peregrinos.
Por se tratar de um trabalho em rede que envolve diversos municípios, irá contribuir também para “a coesão do território” e “o combate às assimetrias regionais”, sustentou.
Para o ministro da Economia, Portugal “só tem vantagem em criar não só rotas e destinos turísticos mas também estruturas complementares para que os turistas venham e possam ficar o maior tempo possível”.