A partir de agora quem assina o “manifesto pela desobediência” não poderá ocupar cargos administrativos na arquidiocese de Viena.
Schönborn, Viena
O Cardeal Schonborn, Arcebispo de Viena, tomou esta semana uma posição de força contra os padres austríacos que têm assinado um “manifesto pela desobediência”.
Schonborn avisou que não nomeará para lugares administrativos qualquer padre que tenha assinado o documento.
O grupo de padres liberais é composto por cerca de 300 sacerdotes, ou seja um décimo do clero austríaco, e reivindica reformas para a Igreja, como por exemplo a ordenação de mulheres, o fim do celibato obrigatório, a admissão de recasados à comunhão, bem como de cristãos de outras confissões, e a pregação nas igrejas por parte de leigos.
Desde que o movimento começou o Cardeal tem-se encontrado várias vezes com os seus representantes, procurando evitar uma divisão mais grave e duradoura, mas o arcebispo insiste que é inaceitável falar-se em desobediência.
A decisão de Schonborn já teve efeitos práticos. Pelo menos um padre já se demitiu da posição de decano que ocupava, enquanto outro preferiu distanciar-se do manifesto. Outros três que assinaram o documento estarão a decidir que rumo tomar.