Capelão dos paraolímpicos critica lei do aborto no Reino Unido
05 set, 2012
Se fossem concebidos no Reino Unido hoje, a maioria dos atletas dos paraolímpicos não chegaria a nascer, afirma James Parker.
“É incrível que ao mesmo tempo que a Grã-Bretanha está a permitir ao mundo ver o potencial e os dons das pessoas portadoras de deficiência através dos Jogos Paraolimpicos, as suas leis discriminam de forma veemente e chocante contra a vida intra-uterina que possa ser afectada por um problema físico, genético ou mental”.
As palavras são de James Parker, o primeiro capelão católico leigo a trabalhar na aldeia olímpica em Londres, onde acompanha os milhares de atletas que participam nos Jogos Paraolímpicos.
O capelão descreve a aldeia olímpica como um “espaço sagrado”, onde apesar da quantidade de cadeiras de rodas, muletas e pessoas de todos os tamanhos e feitios, “existe uma paixão vibrante e tangível pela vida de que nem a maior cidade se pode orgulhar”.
"Muitos dos atletas ficam admirados quando percebem que, se fossem gerados hoje no Reino Unido, a maioria não chegaria sequer a nascer", afirma Parker.
James Parker pede que todos trabalhem para alterar as leis do aborto no Reino Unido: “Independentemente dos jogos, qualquer sociedade que queira ser saudável tem de valorizar cada vez mais e de forma igual as pessoas com ou sem deficiência”, afirma, em entrevista à Rádio Vaticano.