Já são 95 os tibetanos que preferiram o fogo à ocupação chinesa

Está a caminho da centena o número de tibetanos que escolheu imolar-se pelo fogo em protesto contra a ocupação do Tibete pela China.

As auto-imolações começaram em Março de 2009 e desde essa altura já se registaram cerca de 95 casos, alguns dos quais fora da China e do Tibete, como por exemplo na Índia. Houve ainda um caso que se suspeita ter sido motivado pela mesma razão num mosteiro budista em França.

Os mais recentes casos envolveram dois jovens monges de 23 anos, no Sábado e uma rapariga de 17, no Domingo.

Os dois monges imolaram-se nos seus mosteiros. Do primeiro não há notícias mas o segundo sabe-se que morreu no local.

A terceira vítima imolou-se na região de Tongren, enquanto gritava “longa vida ao Dalai Lama” e “que o povo tibetano prevaleça durante dezenas de milhares de anos”, tendo morrido também no local devido aos seus ferimentos.

A China já culpou o Dalai Lama por esta vaga de imolações e aumentou a presença de elementos da autoridade na região para tentar impedir mais casos. Os militares andam frequentemente munidos de extintores.

As autoridades tibetanas não encorajam esta medida mas dizem que deve ser respeitada, que se deve ao desespero dos tibetanos que vivem sob ocupação e recusam condená-la.