Atualmente, com um parlamento tripartido, assistimos a um concurso para ver quem se lembra de promessas mais coloridas e atraentes, sem que ninguém se ocupe daquilo que realmente interessa: tomar medidas difíceis e exigentes para corrigir os desequilíbrio, desbloquear a sociedade e lançar a dinâmica de desenvolvimento que nos escapa há 30 anos.
O voto de protesto, em forte crescimento eleitoral, não significa que as coisas estejam pior, nem representa uma solução de Governo. Trata-se, realmente, de um exercício de ficção, desligado da realidade, que consola quem o faz, sem resolver nada.
Economista João César das Neves lembra que o Governo não tem autonomia para mexer nos impostos. Qualquer alteração fiscal depende do voto dos deputados. Na prática, mudanças na tributação só devem avançar no Orçamento do Estado para 2025.
O principal problema do extremismo é ser contagioso. Ele vence mesmo entre aqueles que o repudiam, convertendo-os, não às suas ideias, mas aos seus métodos.
Os horrores recentes levam muitos a perguntar como Deus os permite. A pergunta não faz sentido, pois num mundo perfeito nenhum de nós poderia existir. O mal é consequência direta da liberdade, sem a qual não haveria amor. Deus lida com o mal, não o eliminando, mas levando o bem a triunfar. Isso é algo que só com Deus se consegue.
Reformar a lei laboral, reverter toda a política de educação do atual Governo e um tratamento de choque na saúde. São algumas das propostas de Luís Valadares Tavares e João César das Neves para Portugal.
A JMJ é uma confusão de trânsito e notícias, como é também uma gigantesca manifestação cultural; mas nada disso é o essencial. Tão pouco o é a mensagem única, maravilhosa que ecoará nas catequeses e sermões. O essencial está n’Aquele que, se deixarmos, entrará estes dias no nosso coração. Porque, afinal, todos sempre vivemos mesmo ao lado do essencial.
O Programa de Estabilidade 2023-2027 confirma que, no horizonte previsível, vamos continuar o ritmo de crescimento fraco dos últimos 30 anos. A razão evidente está nos hábitos de país rico da sociedade portuguesa: baixos investimento e poupança com dívida alta. Aliás, a opinião pública e política anda dominada pelo esquartejar de benesses, sem pensar em produzir mais.
No habitual comentário das quintas-feiras, o economista João César das Neves admite que "não há alternativa" à subida das taxas de juro anunciada pelo Banco Central Europeu.
"Eles têm até de subir mais (...) as taxas de juro estão altamente negativas. Com uma inflação de 7%, termos juros de 2% significa que o dinheiro é de borla".
Já sobre a obrigar os bancos a renegociar créditos à habitação, César das Neves fala de "disparate" e "tolice": "O Governo já decidiu que não vai gastar dinheiro e está a arranjar coisas ao lado para fingir que está a fazer alguma coisa. Mais cedo ou mais tarde os bancos nem sequer aguentam", avisa.