O investimento no tema da longevidade ajudou-me a estruturar a minha reflexão sobre o que conta e o que contou no meu ano: saúde e bem-estar, relações sociais e projetos.
Gracinda Silva demora todos os dias cerca de duas horas, para percorrer a pé, o quilómetro de distância que separa a sua casa, na Aldeia de Santo António, no concelho de Sabugal, até chegar à horta. Aos 106 anos de idade é o campo que lhe dá vida.
Um mundo vibrante de criatividade e bem-estar com muita música e grandes concertos ao vivo: Rodrigo Leão, Fingertips com a Orquestra Nacional de Jovens, Iolanda, Dj’s, música anos 70, 80 e 90, uma Noite Branca, Roda de Samba e muito mais!
Portugal, com cerca de 1,4 filhos por mulher, está abaixo dos níveis de fertilidade médios na Europa. Políticas pró-natalidade podem melhorar a situação, mas não ao ponto de resolver o problema.
Com a população em rápido envelhecimento, Ana João Sepúlveda, especialista em economia da longevidade, alerta que a saúde pública não está preparada para receber estes utentes e defende a necessidade de parcerias público-privadas. Em entrevista à Renascença, descreve ainda esta "economia grisalha", que já é responsável por mais de metade do consumo, mas a grande maioria não tem acesso ao mercado da investigação e inovação que aposta na prevenção e qualidade de vida. A socióloga fala ainda dos novos empregos que estão a surgir, assim como produtos e serviços, que estão a mexer com área como a banca e os seguros, e rejeita trabalho ou voluntariado sénior gratuito.
Entre os países com maior longevidade, a esperança de vida já ultrapassa os 80 anos, enquanto nos locais onde esta esperança é menor, mal chega aos 60.
O aumento da esperança média de vida tem implicações profundas na gestão das nossas carreiras e na gestão das pessoas nas empresas. Em termos de vida e de carreira, o modelo tradicional com três passos - estudar, trabalhar (do 25 aos 65 anos) e reformar depois dos 65 anos - já não faz sentido.
O aumento da esperança média de vida tem implicações profundas na gestão das nossas carreiras e na gestão das pessoas nas empresas. Em termos de vida e de carreira, o modelo tradicional com três passos - estudar, trabalhar (do 25 aos 65 anos) e reformar depois dos 65 anos - já não faz sentido.