A 30 metros de profundidade, num burker da Segunda Guerra Mundial, 87 atletas correram na primeira maratona totalmente subterrânea do Reino Unido. Com capacetes de ciclismo e lanternas na cabeça, os atletas correram 91 voltas ao redor de um percurso húmido de 460 metros.
Do Hôtel de Ville ao Palácio de Vesalhes, e de regresso ao centro de Paris: há 235 anos, quase sete mil mulheres marcharam pelo mesmo percurso para pedir pão e armas a Luís XVI. Pela primeira vez, a maratona feminina fecha o programa dos Jogos Olímpicos e é aberta ao público.
Samuel Barata vai correr a maratona olímpica e acredita que é possível terminar nos 20 primeiros. Em entrevista à Renascença, admite que os 42,2 quilómetros de Paris serão ainda mais difíceis do que o habitual, pelo ganho de altitude e o calor de agosto.
Ao quilómetro 38, da 13.ª maratona da carreira de Rosa Mota, chegou a ordem de José Pedrosa, o seu médico/treinador de sempre, para atacar e arrancar para a histórica vitória
Nestes Jogos Olímpicos, onde se estrearam boxe, luta livre, decatlo e levantamento do peso, viu-se pela primeira vez um negro a subir a um pódio. George Eyser fez história na ginástica.
Em 1960, o desconhecido Bikila venceu a maratona olímpica em Roma, descalço, e viria a vencer quatro anos depois, já com sapatilhas. Morreu jovem, mas foi com Bikila que arrancou uma longa tradição e hegemonia de etíopes e quenianos na distância dos 42,2 quilómetros.
O atleta brasileiro foi abalroado nos Jogos de Atenas, em 2004, mas não desistiu e ganhou o bronze, entrando e celebrando no Panathinaiko com estilo. Mais tarde acendeu a pira olímpica no Rio de Janeiro e o agressor nunca o perdoou.