A coordenadora do BE considerou ainda que "gastar mais em armas não trará paz" e argumentou que a atual "deriva militarista" é uma forma da Alemanha e de França recuperarem as suas economias, "arrastando consigo" os restantes países europeus.
A coordenadora do BE considerou hoje que o Presidente da República deve garantir que o Governo em gestão não ultrapassa os seus poderes e defendeu que o executivo não pode tomar decisões com "impacto estratégico" para o país.
Bloco de Esquerda questiona primeiro-ministro sobre por que apresenta a moção de confiança, se não quer eleições. Líder do Chega diz estar "convencido" que partido vai vencer eleições, Montenegro responde-lhe que "gosta de ir aos restos das outras listas" para preencher a sua bancada parlamentar.
As primeiras sondagens desde que foi descoberta a empresa familiar de Montenegro não abanam o Governo. Pelo contrário: a AD é a força política que mais cresce no último mês e meio e quase todos perdem. O Chega tem a maior queda, à boleia dos casos de Miguel Arruda e Nuno Pardal Ribeiro, enquanto o Bloco dá um trambolhão com o caso das trabalhadoras despedidas e fica atrás de CDU e Livre.
Antes de abordar o cenário regional, a líder bloquista analisou a atual crise política nacional, com debate na próxima terça-feira de uma moção de confiança apresentada pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP, que tem chumbo anunciado, já que PS e Chega não a viabilizarão.
O atual executivo PSD/CDS-PP "vive noutro mundo", encara a política de habitação da mesma forma que "um promotor imobiliário" e governa para "uma elite" e não para a maioria dos cidadãos.
Esta decisão foi anunciada pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua, em conferência de imprensa, num hotel de Lisboa, no fim de uma reunião da Mesa Nacional, órgão máximo entre convenções.