Já não é só um problema do Serviço Nacional de Saúde, no privado também faltam médicos, diz o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, em entrevista ao programa Dúvidas Públicas. Óscar Gaspar critica ainda alterações pontuais nas remunerações de médicos e enfermeiros. Na gestão, garante que há privados interessados em parcerias público-privadas em hospitais e centros de saúde e que esta matéria não deve ser usada em disputas partidárias. Reconhece ainda que o SNS está a trabalhar mais, mas ainda precisa dos privados para diminuir as listas de espera.
O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada é o convidado desta semana do programa Dúvidas Públicas da Renascença. Óscar Gaspar alerta que o problema da falta de médicos vai agravar-se nos próximos anos, porque muitos profissionais estão perto da reforma e os jovens já não querem ir para Medicina. Garante que há privados interessados em PPP na saúde e que esta matéria não deve ser usada em disputas partidárias. Reconhece ainda que o SNS está a trabalhar mais, mas ainda precisa dos privados para diminuir as listas de espera.
Ana Paula Martins disse no Parlamento que em janeiro do ano passado quase 1,9 milhões de portugueses não tinham médico de família, mas os números do SNS dizem outra coisa. Afinal, segundo os dados da ministra, Portugal tem hoje mais utentes sem médico de família do que quando o Governo iniciou funções.
Comissão de Utentes da Saúde denuncia que “há um prejuízo largo das populações”, por causa da falta de médicos e alerta que há extensões de saúde que fecharam no tempo da pandemia de covid-19 e não voltaram a abrir portas.