"No país da Geringonça"
Finanças. Por "cinquenta-e-tal" euros, o Fisco quase levou a casa de Sandra
02 out, 2019 - 09:00
É certo que a lei mudou durante a última legislatura, que o Estado não vende casas de devedores (pequenos ou maiores) como antes o fazia, mas, ainda assim, a Autoridade Tributária penhorou mais de 16 mil casas no último ano, a uma média de 48 por dia. Sandra quase viu a sua sê-lo. Por dever, afinal, um Imposto Único Circulação já antigo – isto mesmo tendo sido sempre uma “contribuinte sem cadastro”. O imposto devia-o mesmo, sim, mas avisada da dívida não foi nunca, pois o Fisco enviar-lhe-ia e-mails para um que não existia. “Falta muita humanidade. Na repartição, você fica ali, bate o pé, e pode espernear o que bem lhe apetecer, que a pessoa que está do lado de lá diz que só está a cumprir ordens, é assim que tem de ser e não pode fazer nada”, lamenta. Enquanto decorrer a campanha para as legislativas, a Renascença tira a radiografia ao país em áreas-chave, com histórias na primeira pessoa. Depois da habitação, do emprego e da saúde, seguem-se as finanças.