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"no país da geringonça"


  • Nova geringonça? "Ou o PS é o partido mais votado ou não há Governo de esquerda"

    O arco das coligações

    Nova geringonça? "Ou o PS é o partido mais votado ou não há Governo de esquerda"

    16 fev, 2024 - 06:30

    Eis o segredo mais mal guardado da política nacional: os partidos à esquerda do PS estão abertos a uma nova geringonça. Acontece que os protagonistas mudaram e os problemas do país também. O socialista Ivan Gonçalves defende que é pouco provável que exista uma maioria de esquerda se o PS não ficar à frente da AD. Jorge Costa, dirigente do Bloco de Esquerda, diz que “é necessário que os partidos iniciem um diálogo, um confronto de ideias, para apurar possibilidades de entendimento com que as pessoas podem contar”. João Oliveira, antigo deputado do PCP, levanta dúvidas quanto à inclusão do Livre e do PAN numa solução.
  • Educação. A espera da professora Leonor – que só com 64 anos entrou no quadro

    "No país da Geringonça"

    Educação. A espera da professora Leonor – que só com 64 anos entrou no quadro

    04 out, 2019 - 09:00

    Foram 542 os novos professores que ingressaram em 2019 na carreira docente. Ao longo da legislatura, foram cerca de oito mil. Muito se deveu esta ida para o quadro do Ministério da Educação à chamada “norma-travão”, imposta pela Comissão Europeia para impedir a utilização abusiva dos contratos a prazo. A maioria dos professores tem 15 anos de precariedade; Leonor quase 30. A maioria terá 40 anos; Leonor, 64. Deixou, finalmente, os contratos, feitos sempre a termo certo, as trocas de escola, ano sim ano sim, um salário que rondava os mil euros, isto quando se consegue um horário completo, deixou a insegurança que tudo isso traz. "Pensei desistir, pensei. Tem-se uma vida desgraçada. Há uma altura em que tem que se decidir se vale a pena continuar ou abdicar de tudo e fazer outras coisas. Olho para trás e digo: 'Como é que eu aguentei?'" Enquanto decorrer a campanha para as legislativas, a Renascença tira a radiografia ao país em áreas-chave, com histórias na primeira pessoa. Depois da habitação, do emprego, da saúde e das finanças, segue-se, por último, a educação.
  • Finanças. Por "cinquenta-e-tal" euros, o Fisco quase levou a casa de Sandra

    "No país da Geringonça"

    Finanças. Por "cinquenta-e-tal" euros, o Fisco quase levou a casa de Sandra

    02 out, 2019 - 09:00

    É certo que a lei mudou durante a última legislatura, que o Estado não vende casas de devedores (pequenos ou maiores) como antes o fazia, mas, ainda assim, a Autoridade Tributária penhorou mais de 16 mil casas no último ano, a uma média de 48 por dia. Sandra quase viu a sua sê-lo. Por dever, afinal, um Imposto Único Circulação já antigo – isto mesmo tendo sido sempre uma “contribuinte sem cadastro”. O imposto devia-o mesmo, sim, mas avisada da dívida não foi nunca, pois o Fisco enviar-lhe-ia e-mails para um que não existia. “Falta muita humanidade. Na repartição, você fica ali, bate o pé, e pode espernear o que bem lhe apetecer, que a pessoa que está do lado de lá diz que só está a cumprir ordens, é assim que tem de ser e não pode fazer nada”, lamenta. Enquanto decorrer a campanha para as legislativas, a Renascença tira a radiografia ao país em áreas-chave, com histórias na primeira pessoa. Depois da habitação, do emprego e da saúde, seguem-se as finanças.