13 jan, 2016 - 22:31
Jorge Coelho foi a estrela do primeiro comício de campanha de Maria de Belém. Em Viseu, o ex-ministro socialista recordou o legado de "confusão" de Marcelo Rebelo de Sousa na política e avisou que as eleições em democracia "são um combate de ideias" e não são para eleger o "mister simpatia".
"Isto não é para eleger o mister simpatia, isto é para eleger o Presidente da República e melhor fora que os candidatos não tivessem ideias diferentes", afirmou o militante socialista durante um jantar de apoio à candidatura presidencial de Maria de Belém Roseira, em Viseu.
Jorge Coelho salientou que é preciso dizer ao "professor Marcelo Rebelo de Sousa que umas eleições em democracia é um combate de ideias, não quer dizer que as pessoas tenham que ser inimigas umas das outras nem que se andem a insultar do ponto de vista pessoal, mas é um combate de ideias".
"Felizmente que a doutora Maria de Belém tem ideias muito diferentes para muito melhor do que o professor Marcelo Rebelo de Sousa, essa é que é a realidade e é isso que o preocupa a não querer que os outros combatam as ideias dele", sublinhou.
"Confusão", a marca de Marcelo
O antigo ministro criticou a postura de Marcelo Rebelo de Sousa, que vai "por onde calha, para tentar ver se transforma esta campanha em algo que retira a dignidade do cargo para o qual as eleições estão a ser".
A confusão é a grande marca em tudo o que Marcelo Rebelo de Sousa se mete, conclui Jorge Coelho.
Quando esteve no Governo “arranjou confusão com o primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão” e enquanto líder do PSD demitiu-se e não foi a eleições, argumenta.
Com Maria de Belém na Presidência é seguro que o cargo terá prestígio, defende. Por isso, Jorge Coelho reserva o comentário político como destino para Marcelo Rebelo de Sousa.
“Ando até um bocado deprimido com a falta que ele me faz ao domingo relativamente àquilo que é o seu papel numa televisão. Acho que deve ter havido um aumento do consumo de medicamentos para as depressões. Para diminuir a despesa do Serviço Nacional de Saúde, é um grande favor que nós fazemos ao país e ao professor Marcelo Rebelo de Sousa fazer com que no dia das eleições ele as perca e volte novamente para comentador.”
Seguiu o discurso de Maria de Belém. A candidata presidencial também apontou baterias aos adversários. “Podem dar muitos beijinhos a muita gente, muitos abraços, dizer muitas gracinhas, mas uma coisa é fazer isto durante uma campanha eleitoral e outra é transbordar de afecto durante mais de quatro décadas”, declarou.
A antiga ministro da Saúde deu ainda como garantia que, se for eleita, fará a defesa dos funcionários públicos que, segundo Maria de Belém, foram vilipendiados ao longo dos últimos anos.