19 jan, 2016 - 04:05
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa apelou esta segunda-feira aos portugueses para que vão votar no domingo, independentemente de quem escolham, a pensar nos filhos e netos e na pátria portuguesa.
O social-democrata falava numa sessão pública na Academia Almadense, em Almada, que contou com a participação especial do seu amigo cirurgião Eduardo Barroso e à qual assistiram, na primeira fila, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, e os deputados do PSD Fernando Negrão e Nilza Sena.
No final da sua intervenção, Marcelo pediu aos eleitores que não se abstenham, "a pensar em Portugal, a pensar nos filhos, a pensar nos netos, a pensar nos bisnetos, a pensar em Portugal", acrescentando: "Nós amamos a nossa pátria, nós orgulhamo-nos da nossa pátria, nós queremos servir a nossa pátria. Viva Portugal".
O candidato com recomendações de voto do PSD e do CDS-PP defendeu que "os portugueses devem ir votar, votem em quem quiserem votar".
Se não o fizerem, não podem depois alegar "a responsabilidade do que lhes aconteceu lhes é alheia", advertiu.
O antigo presidente do PSD disse esperar que os portugueses lhe dêem o voto para "uma caminhada de cinco anos", que sejam "cinco anos de mais crescimento, de mais emprego, de mais justiça, de melhor educação, de aposta nos consensos sociais, de mais forte coesão". "E, sobretudo, de crença na identidade da pátria que somos", completou.
Esta noite, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a responder àqueles que estranham a sua "campanha muito original", sem os habituais "grandes almoços e grandes jantares" e que "faz alarde de ser contida".
O ex-comentador televisivo sustentou que é isso que faz sentido "à saída de uma crise" e reafirmou que a sua "candidatura de afectos" e de "aproximação ao povo" é genuína e retrata quem ele é.
"Isso não se inventa", declarou, acrescentando: "Não se pode chegar a uma agência de marketing e dizer: Olhe, invente lá uma maneira de eu passar a ter afectos. Eu, intelectual, passo a ter afectos. Eu, que não convivo com as pessoas no dia-a-dia, passo a conviver. Eu, que tenho um discurso bonito, teórico, especulativo, passo a falar para o Zé-Povinho, para a senhora Antónia, o senhor Zé, o senhor Luís, a senhora dona Emília".
Marcelo referiu que "aparentemente há especialistas a ensinar", mas frisou que não foi o seu caso, porque "não precisava disso".