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Esta “chave” permite aceder às bibliotecas religiosas portuguesas

03 mar, 2016 - 14:28 • Ana Lisboa

Chama-se “Clavis Bibliothecarum”, que, em latim, significa "Chave das Bibliotecas". Vai ser apresentado esta quinta-feira, na Biblioteca Nacional, em Lisboa.

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A partir de agora, existe uma “chave” que permite aceder a todas as bibliotecas religiosas em Portugal. Já foi publicado o livro “Clavis Bibliothecarum”, que se apresenta como o mais completo levantamento de catálogos e inventários de bibliotecas da Igreja.

Trata-se da “publicação de um conjunto vasto de fontes, neste caso concreto com a descrição de cerca de mil catálogos, inventários, listas de livros, provenientes de um conjunto muito vasto de instituições religiosas, cerca de quatro centenas de mosteiros, conventos e casas religiosas no nosso país”, refere Sandra Costa Saldanha, directora do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja e que coordena esta publicação.

Abrangendo um arco cronológico entre os séculos X e XIX, a obra apresenta cerca de 300 documentos inéditos, “documentação referente precisamente a essas bibliotecas, à sua gestão essencialmente, mas também àquilo que era o modo de organização dessas bibliotecas”, diz esta responsável.

A obra “dá-nos uma visão global do modo como as bibliotecas da Igreja se estruturavam e funcionavam em termos de aquisição de livros, em termos de estruturação dos seus acervos e das suas colecções que, como sabemos, até 1834 constituíram o essencial da leitura e do livro no nosso país e com isso também do acesso e da entrada do conhecimento em Portugal”.

Este é um instrumento de trabalho que vai abrir novas pistas para a investigação, mas que faz revelações que obrigam a uma reescrita da história: “Há muita coisa, muitos temas da nossa história eclesiástica e da própria história do país que têm de ser reescritos com base em muitos destes conteúdos, em muita da informação que aqui se oferece”, avança Sandra Costa Saldanha.

O livro é o resultado de um vasto trabalho de investigação desenvolvido durante seis anos pelo historiador de ciência Henrique Leitão, Prémio Pessoa 2014 e pela investigadora italiana Luana Giurgevich.

A apresentação do livro será feita esta quinta-feira à tarde, pelas 18 horas, na Biblioteca Nacional, em Lisboa. O livro poderá ser encontrado na generalidade das livrarias do país e também no site do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja.

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