17 dez, 2016 - 11:54 • João Carlos Malta
O primeiro-ministro António Costa não considera que os resultados do ranking das escolas revelem o que é essencial saber no desempenho de cada estabelecimento de ensino. No final de uma visita a obras de ampliação numa escola em Venda do Pinheiro, o chefe do executivo disse que o importante é conhecer quais as escolas que conseguem fazer a maior progressão na aprendizagem dos alunos e não saber onde estão os melhores.
"Saber em que escola se concentram os melhores alunos não é o essencial", disse António Costa.
Para o primeiro-ministro os rankings das escolas apenas mostram onde estão os melhores alunos e não o trabalho que é feito pelas escolas e os profissionais que lá estão na progressão dos alunos. Para Costa, o mais importante é saber qual o progresso que o aluno fez desde que começou um ciclo escolar até ao ponto em que o termina. Para isso, o Ministério da Educação publica este ano pela primeira vez o indicador "Percursos escolares de sucesso".
"É esse indicador que demonstra qual a mais-valia que a escola tem no processo de aprendizagem que cada um tem. E nesse as escolas públicas têm um desempenho extraordinário", ressalvou António Costa.
O primeiro-ministro enfatizou que a escola não se substitui à família na educação e que "infelizmente, a disponibilidade de cada uma das famílias é diferente". Para António Costa, o importante é que independentemente do estado em que cada um esteja quando chega à escola tenha a hipótese de progredir e evitar que as desigualdades entre jovens se adense.
Perante a insistência dos jornalistas em querer saber porque é que não há mais escolas públicas no topo da lista do ranking das escolas, António Costa respondeu que "não se pode comparar uma coisa com a outra. Se fizerem um inquérito de rua e num hospital para perceber onde há mais doentes, será num hospital", rematou.