06 jan, 2017 - 12:55
Trinta e três presos morreram na madrugada desta sexta-feira durante, em resultado de um motim na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no estado brasileiro de Roraima.
"Nesta madrugada (dia 6) foram registadas 33 mortes na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. A situação está sob controle, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a polícia militar estão nas alas do referido presídio", refere um comunicado da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima.
O jornal "Estado de São Paulo" avança que a maioria das vítimas foi decapitada, teve o coração arrancado ou foi desmembrada. Os corpos foram atirados para um corredor que dá acesso as alas.
Dezenas de presos fugiram da prisão e muitos ainda são procurados pela polícia.
O estabelecimento prisional foi palco de uma outra rebelião em Outubro de 2016, que envolveu elementos de facções rivais e provocou dez mortos.
No primeiro dia do ano, um motim prisional numa prisão de Manaus, estado do Amazonas, fez 56 mortos.
Os motins em prisões instalaram uma crise no sistema penitenciário brasileiro e o Governo federal teme que membros das três maiores organizações criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, Comando Vermelho (CV), que controla o crime organizado no Rio de Janeiro, e a Família do Norte (FND), com actuação no norte e nordeste, iniciem uma série de motins em outras unidades prisionais brasileiras.
No caso do massacre de Manaus foram elementos do FND, aliada do CV, que mataram criminosos afectos ao PCC. Desta feita, em Roraima, terão sido presos leais ao PCC a vingar-se, matando elementos do Comando Vermelho.