05 mar, 2017 - 09:38
Dois cidadãos ilegais argelinos fugiram a nado de um navio-tanque, aportado no Barreiro, na zona da grande Lisboa e estão desaparecidos desde quarta-feira.
O “Correio da Manhã” escreve na edição deste domingo que os dois homens partiram a janela da embarcação e atiraram-se às águas do rio Tejo quando o navio, carregado com gás, estava aportado no terminal da Quimipor.
Os dois argelinos, de 44 e 45 anos, embarcaram clandestinamente, momentos antes de o navio “Queen Isabella” partir da Argélia rumo a Portugal, mas foram detectados pela tripulação durante a viagem. O comandante do navio informou as autoridades portuguesas e os dois ilegais ficaram retidos na enfermaria. Terão fugido na noite de Carnaval quando se procedia à descarga do gás do navio-tanque, partindo a janela e lançando-se ao rio.
Segundo o “Correio da Manhã”, as fotos e identificação dos fugitivos estão na posse das autoridades portuguesas, que emitiram um alerta geral para todas as forças policiais.
Para já, desconhecem-se quais os objectivos e os antecedentes dos dois argelinos que deveriam ter regressado ao país de origem da mesma forma como chegaram a Portugal.
O navio entretanto já regressou à Argélia, mas os dois homens continuam a monte.
Em resposta a questões da agência Lusa, o Ministério da Administração Interna explica que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tinha conhecimento da existência de dois imigrantes sem documentos a bordo do navio, que passou pelo porto de Huelva, em Espanha, e alertou as autoridades de controlo costeiro e marítimo, tendo depois estado no barco e disponibilizado "segurança e vigilância" ao comandante, que recusou.
Após ter recebido a informação da fuga dos clandestinos, o SEF avançou para os procedimentos adequados a este tipo de situação, tanto a nível nacional, como internacional, estando as autoridades policiais "a realizar todos os esforços para localizar estes dois cidadãos", continuou o Ministério liderado por Constança Urbano de Sousa.
Como a embarcação já tinha atracado em porto espanhol e as autoridades daquele país já sabiam da situação, o SEF "recebeu toda a informação que os serviços congéneres de Espanha recolheram, incluindo consultas sobre os dois clandestinos a bordo", continua.
"Não existe informação sobre estes dois cidadãos relacionada com a segurança nacional, pelo que se aponta, mais uma vez, para mais um caso ligado ao fenómeno da imigração ilegal", concluiu o ministério.
[Notícia actualizada às 14h38]