14 jan, 2025 - 11:17 • Liliana Monteiro
“Não é um assunto que motive, para já, alarme”. É desta forma que o Observatório Segurança e Criminalidade (OSCOT) comenta o alerta feito pelo Ministério Público para a possibilidade de regresso ao nosso país de famílias de Portugueses extremistas que foram combater para a Síria e outros países.
A situação deve merecer, no entanto, atenção das autoridades, sublinhao presidente do OSCOT, Francisco Rodrigues, lembrando que a vigilância e acompanhamento destes casos são sempre a melhor solução.
"Se todos nós estivermos atentos a estas novas formas de radicalização, há sinais fortes destes fenómenos e se forem identificados e comunicados às autoridades a tempo naturalmente haverá maior acompanhamento destas pessoas no nosso país”.
Este é um fenómeno que começou a registar-se já noutros países e Portugal não deverá ser exceção.
"É evidente que nos deve preocupar, mas não é para entrar num estado de insegurança tal que não possamos levar a nossa vida normal em sociedade."
alerta procuradora do DCIAP
Radicalizados são cada vez mais jovens e não estão(...)
"É acima de tudo, e estou certo disso, para as forças de segurança continuarem a acompanhar os casos de perto”, explica Francisco Rodrigues, acrescentando que não se deve alimentar o que “alguns querem fazer” e que passa por aumentar a perceção de insegurança.
Ministério Publico e Polícia Judiciária têm dados que apontam para a diminuição da idade, cada vez mais tenra, dos jovens que se radicalizam.
O presidente do OSCOT deixa, por isso, um conselho às famílias para que percebam que “os jovens estão expostos e têm de acompanhar o que eles fazem no ambiente net e web porque os processos de radicalização começam exatamente por aí".