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Covid-19

Bruxelas considera “inaceitável” atrasos na entrega da vacina da AstraZeneca à UE

14 mar, 2021 - 13:31 • Lusa

Comissário europeu para o Mercado Interno assegura, no entanto, que atrasos com a AstraZeneca não significam atrasos no "programa de vacinação do primeiro trimestre”.

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O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, considerou “inaceitável” os novos atrasos na entrega da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 à União Europeia.

“[Esta situação] é inaceitável para mim ou, em qualquer caso, incompreensível", afirmou Thierry Breton, responsável pelos aspetos industriais da produção de vacinas, no "Grand Rendez-vous" Europa 1-CNEWS-Les Echos, este domingo.

Para o comissário europeu, esta redução na entrega pode refletir "uma disfunção na cadeia logística", recusando-se, no entanto, a considerar consequências legais.

“Só porque estamos atrasados com a AstraZeneca não significa que vamos estar atrasados no nosso programa de vacinação do primeiro trimestre”, assegurou o comissário europeu.

O Grupo AstraZeneca anunciou no sábado novos atrasos na entrega da sua vacina contra a Covid-19 à União Europeia, invocando restrições à exportação.

Perante as dificuldades de produção, o grupo decidiu utilizar as suas unidades de produção fora da União Europeia, mas "infelizmente, as restrições à exportação vão reduzir as entregas no primeiro trimestre" e "provavelmente" no segundo, de acordo com um porta-voz do grupo citado pela agência France Presse.

Muito criticada pelo ritmo lento das entregas na Europa e pelos atrasos do grupo AstraZeneca, a Comissão Europeia, que negociou os contratos em nome dos seus 27 Estados-Membros, espera um aumento das entregas no segundo trimestre.

Segundo a France Presse, as entregas podem atingir um ritmo médio de 100 milhões de doses por mês, de abril a junho, para todas as vacinas combinadas, ou seja, 300 milhões para todo o trimestre.

A AstraZeneca anunciou no final de janeiro que só poderia entregar 40 milhões de doses aos países da União Europeia no primeiro trimestre, dos 120 milhões que havia inicialmente prometido devido a dificuldades de fabrico numa fábrica belga.

A 29 de janeiro, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu 'luz verde' à utilização da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19 na União Europeia, a terceira vacina a ser aprovada pelo regulador europeu.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.649.334 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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  • Observador
    14 mar, 2021 Portugal 21:48
    Há 4 fábricas da AstraZeneca em território da UE a produzir vacinas, mas só uma está a produzir para a UE. As outras são para exportar vacinas para fora da UE. De que é que estão à espera para cativar a produção de TODAS AS 4 FÁBRICAS e proibir as exportações, até as quantidades acordadas e pagas, estejam cumpridas?
  • Bruno
    14 mar, 2021 aqui 19:16
    Nas últimas décadas a União Europeia tem transmitido sinais de fragilidade e a consequência disso é que ninguém a leva a sério e ninguém a respeita. A UE devia fazer voz grossa com estas farmacêuticas que brincam com as vacinas e lançar um ultimato: se os contratos asssinados não forem cumpridos, a patende das vacinas deve cair de modo a que qualquer empresa europeia as possa produzir.
  • Ivo Pestana
    14 mar, 2021 Funchal 16:47
    Mas a UE esquece que a procura é desenfreada e alguns países nem cheiraram qualquer vacina. As matérias primas por vezes escasseiam e os laboratórios nem sempre conseguem dar resposta aos imensos pedidos. A Rússia e a China têm vacinas, porque não compraram a eles? Então, não se queixem da demora. Além de que, já li que da Astrazeneca não vêem grandes espingardas. Calma e pensem nos outros também.
  • Cidadao
    14 mar, 2021 Lisboa 14:57
    Este comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, é mais um homem-de-cartão, um fantoche de jogos de palavras e nenhuma acção, um burocrata pago a peso de ouros para vir largar umas larachas sem consequências, só porque o clamor e a indignação das pessoas, aumenta dia após dia, e é necessário dar uma satisfação ou umas "costas largas" para onde as pessoas podem canalizar os seus protestos. Quisesse a UE e tem vários instrumentos legais para apertar com as farmacêuticas e resolver a questão, seja pela quebra da patente e pôr todos os laboratórios europeus a fabricar as vacinas, seja pelo confisco de toda a produção em território da UE até as encomendas já pagas estarem satisfeitas. Mas não as usa e prefere mandar burocratas como este, "mandar umas bocas"...

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