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Guerra Israel-Hamas

Dois jornalistas da Al Jazeera mortos em ataque de Israel a Gaza

31 jul, 2024 - 19:28 • João Pedro Quesado

Um total de 113 jornalistas já morreram desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. É o conflito mais mortífero para jornalistas desde que existem dados.

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Dois jornalistas da Al Jazeera morreram esta quarta-feira num ataque de Israel na Faixa de Gaza. O canal de notícias sediado no Qatar declarou o ataque como "parte de uma campanha sistemática direcionada contra os jornalistas do canal e as suas famílias".

De acordo com a Al Jazeera, Ismail al-Ghoul e o operador de câmara Rami al-Rifi foram mortos quando o carro em que seguiam foi atingido no campo de refugiados de Shati, a oeste da Faixa de Gaza.

Segundo a Al Jazeera, os jornalistas estavam identificados com coletes de imprensa e o carro tinha sinais de identificação. Os dois contactaram pela última vez a redação 15 minutos antes do ataque.

Ismail al-Ghoul e Rami al-Rifi iam fazer uma reportagem junto da casa na Faixa de Gaza de Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas que morreu esta quarta-feira no Irão - um ataque que o grupo culpou em Israel. A Al Jazeera diz que os jornalistas relataram um ataque perto da casa para onde se deslocavam, e que foram ordenados a deixar a zona. Na hora do ataque, estavam a viajar para o hospital Al-Ahli Arab.

Em comunicado, o grupo Al Jazeera disse que este ataque é "parte de uma campanha sistemática direcionada contra os jornalistas do canal e as suas famílias desde outubro de 2023".

O grupo disse ainda que o jornalista Ismail al-Ghoul era "reconhecido por o seu profissionalismo e dedicação" e que, "apesar de enfrentar dificuldades extremas, como fome, doença, e a perda do seu pai e irmão, Ismail dedicou-se implacavelmente a cobrir eventos e falar da realidade de Gaza ao mundo".

Os números do Comité para a Proteção dos Jornalistas apontam para 113 jornalistas e trabalhadores da comunicação social mortos na Faixa de Gaza desde que Israel declarou guerra ao Hamas. É o período mais mortífero para jornalistas desde que esta organização começou a reunir estes dados, em 1992.

Ao número de jornalistas vítimas mortais juntam-se 32 jornalistas feridos, dois desaparecidos e 52 jornalistas detidos (apenas 36 continuam detidos).

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