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Maior troca de prisioneiros desde a Guerra Fria. Rússia liberta jornalista Evan Gershkovich

01 ago, 2024 - 15:26 • Fábio Monteiro com Lusa

Acusado de espionagem, Evan Gershkovich, jornalista do The Wall Street Journal, estava detido na Rússia desde março de 2023 e foi condenado em julho passado a 16 anos de prisão.

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A Rússia e os Estados Unidos da América chegaram a acordo sobre uma importante troca de prisioneiros, que incluiu a libertação de vários cidadãos norte-americanos como o jornalista Evan Gershkovich.

Segundo o "New York Times", a troca de prisioneiros ocorreu na Turquia.

O acordo, que parece ser um dos maiores desde a Guerra Fria, incluiu também a libertação do ex-fuzileiro Paul Whelan, segundo a estação televisiva CNN, enquanto o canal ABC refere que outros países ocidentais estiveram envolvidos na troca.

Acusado de espionagem, Evan Gershkovich, jornalista do The Wall Street Journal, estava detido na Rússia desde março de 2023 e foi condenado em julho passado a 16 anos de prisão.

A Rússia há muito que está interessada em recuperar o seu cidadão Vadim Krasikov, que foi condenado na Alemanha em 2021 pelo assassinato de um antigo rebelde checheno num parque de Berlim, dois anos antes, aparentemente por ordem dos serviços de segurança de Moscovo.

Durante as últimas semanas, aumentaram as especulações sobre a iminência de uma grande troca de prisioneiros, depois de vários prisioneiros detidos na Rússia terem desaparecido das colónias penais onde cumpriam as respetivas penas, o que não é habitual.

Esta troca de prisioneiros é a primeira entre Moscovo e o Ocidente desde a libertação, em dezembro de 2022, da jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner, detida na Rússia por acusações de tráfico de droga, em troca da libertação do famoso traficante de armas russo Viktor Bout, preso nos Estados Unidos.

Em comunicado, Joe Biden escreveu: "Hoje, três cidadãos americanos e um portador de green card americano que tinham sido injustamente presos na Rússia estão finalmente a voltar para casa: Paul Whelan, Evan Gershkovich, Alsu Kurmasheva e Vladimir Kara-Murza.”

"O acordo que garantiu a sua liberdade foi um feito de diplomacia. Ao todo, negociamos a libertação de 16 pessoas da Rússia, incluindo cinco alemães e sete cidadãos russos que eram prisioneiros políticos no seu próprio país. Algumas dessas mulheres e homens foram detidos injustamente durante anos. Todos suportaram sofrimento e incerteza inimagináveis. Hoje, a agonia acabou", frisou.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) agradeceu aos “parceiros estrangeiros” e às “agências governamentais competentes” pela troca de prisioneiros com o ocidente.

“Cidadãos russos foram trocados por um grupo de indivíduos que atuaram no interesse de Estados estrangeiros em detrimento da segurança da Federação Russa”, escreveu em comunicado.

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