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Crise na Venezuela

Líder da oposição da Venezuela detida e libertada depois de manifestação

09 jan, 2025 - 19:59 • João Pedro Quesado

Maria Corina Machado terá sido "violentamente intercetada" no fim de uma manifestação em Caracas, e obrigada a "gravar vários vídeos" antes de ser libertada. Tomada de posse de Nicolás Maduro é esta sexta-feira.

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A líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado, foi esta quinta-feira libertada após uma breve detenção, no dia anterior à nova tomada de posse de Nicolás Maduro para um mandato de seis anos como presidente. O ex-candidato presidencial e aliado de Corina Machado, Edmundo Gonzalez, estará a regressar à Venezuela.

Corina Machado terá sido "violentamente intercetada" ao deixar uma manifestação em Chacao, que foi a primeira aparição em público da líder em meses. Nas redes sociais, a oposição explicou que a líder foi "atirada da moto que conduzia", num momento em que foram disparadas "armas de fogo", e que foi "forçada a gravar vários vídeos" durante o "sequestro".

A detenção de Corina Machado é a mais importante de uma série de detenções a figuras da oposição depois de uma eleição disputada em julho, e um mau sinal para o prometido regresso de Edmundo Gonzalez ao país.

A líder da oposição não aparecia em público desde agosto, tendo estado escondida por quatro meses num refúgio. A oposição voltou aos protestos como tentativa de pressão para que a tomada de posse de Nicolás Maduro, agendada para esta sexta-feira, não aconteça.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais em 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos; já a oposição afirma que o candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana, assim como diversos países da comunidade internacional, denunciaram uma fraude eleitoral, exigindo que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança. Foram registadas de mais de 2.200 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

[notícia atualizada às 21h21]

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  • Anda Trump
    09 jan, 2025 Invade a Venezuela 21:14
    Um vez que o exército venezuelano em lugar de defender o País e a população defende um usurpador, está na hora de forças militares estrangeiras entrarem na Venezuela para repor a verdadeira legalidade. O Trump, se está ansioso por andar aos tiros, pode esquecer a Gronelandia e o Panamá, e começar pela Venezuela...

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