"Alguém sabe quanto é que custa Lisboa?" Propagandistas russos discutem compra da cidade

"Atenção, Portugal. Os propagandistas russos estão curiosos em saber quanto é que custa Lisboa." O alerta é feito na rede social X, por Anton Gerashchenko, antigo conselheiro no Ministério da Administração Interna da Ucrânia.

A acompanhar o aviso, Gerashchenko publica um vídeo do programa "À noite com Vladimir Solovyov", um famoso apresentador de televisão e propagandista russo.

Durante essa conversa, Solovyov discute com os convidados do seu talk show o alargamento das fronteiras da Rússia. E enquanto falam sobre anexar os territórios além rio Dnipro, o apresentador diz que a Rússia pode "pagar um pequeno extra para empurrar um pouco mais a fronteira".

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"Alguém me sabe dizer quanto custa Lisboa?", questiona Solovyov.

"Lisboa? Não sei...", responde o convidado.

"Já andam a avaliar a Gronelândia. Então e Lisboa?", volta a perguntar o apresentador russo numa referência à vontade expressa por Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, de comprar o território autónomo da Dinamarca.

Esta não é a primeira vez que Solovyov mostra interesse em Lisboa. Já no passado, em dezembro de 2023 — meses depois de Dmitry Medvedev, antigo presidente russo, ter afirmado que o objetivo de Putin seria construir uma Eurásia aberta “de Lisboa a Vladivostok” — o apresentador sugeriu que Moscovo poderia tomar Lisboa.

Nessa altura, também Gerashchenko partilhou nas redes sociais o vídeo do momento em que Solovyov defendeu que a Rússia poderia conquistar Lisboa, se isso fosse necessário "por questões de segurança". E acrescentou: “Os portugueses viveriam muito bem como parte do império russo.”

Ao contrário do que aconteceu agora, em que o apresentador russo falava em tom jocoso, Solovyov respondeu rispidamente aos convidados que o acusaram de estar a fazer piadas: “Esperem um minuto, não estou a brincar. O presidente da Federação Russa disse que não é por causa do território, é sobre garantir segurança. Se precisarmos de conquistar Lisboa para garantir segurança, fá-lo-emos”, concluiu.