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Sismo em Myanmar e Tailândia decorreu "do choque do subcontinente indiano com a eurásia"

28 mar, 2025 - 10:55 • João Cunha

Quanto às próximas horas, pode ocorrer na mesma zona um outro grande sismo, decorrente do grande tremor de terra desta manhã.

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O abalo sísmico em Myanmar decorreu "do choque do subcontinente indiano com a eurásia, que está na origem dos Himalaias", diz à Renascença o sismólogo Luís Matias, do Instituto D. Luiz.

O especialista nota que os Himalaias continuam a crescer devido a esse choque e foi uma falha que acompanha esse movimento de placas que esteve na origem do grande sismo desta sexta-feira.

"Não se pode dizer que seja uma surpresa. A não ser pelo facto de não ocorrerem, há bastantes anos, grandes sismos naquela zona. Ainda assim, é uma zona onde é expectável que ocorram grandes sismos", explica o sismólogo.

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Quanto às próximas horas, pode ocorrer na mesma zona um outro grande sismo, decorrente do grande tremor de terra desta manhã.

"Nós não podemos dizer exatamente o que vai acontecer. Se for um sismo habitual, esperamos uma ocorrência de réplicas que podem atingir magnitude elevada que vai atacar edifícios já fragilizados. Se vai ou não desencadear um outro grande sismo, essa não é uma situação corrente, mas já aconteceu. E não podemos dizer que não possa acontecer na mesma zona um outro grande sismo, desencadeado por este."

Quanto às vítimas "as primeiras 36 a 48 horas são essenciais para resgatar com vida pessoas que possam estar retidas nos escombros de alguns edifícios, lembra, por sua vez, Manuel Velloso, antigo diretor de operações do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil. Contudo, Veloso teme que tanto as autoridades da Tailândia como de Myanmar não estejam suficientemente preparadas para lidar com a situação.

"Não há a organização necessária", para acudir a possíveis vítimas do colapso de edifícios, por exemplo.

"Eles serão relativamente morosos na organização de socorro para responder a uma situação destas. Porque as consequências de um sismo desta envergadura e acima de tudo, uma réplica como a que se sentiu tem um impacto que pode não ter noutros locais do mundo, onde a preparação e organização dos socorros do estado seja absolutamente diferente", remata Manuel Veloso.

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