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Alemanha ameaça Rússia com agravamento de sanções se não aceitar cessar-fogo

10 mai, 2025 - 10:49 • Lusa

Além de Merz, que realiza a primeira visita ao país desde que tomou posse esta semana, chegaram a Kiev os primeiros-ministros britânico, Kier Starmer, polaco, Donald Tusk, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, para uma reunião com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a qual vão debater possíveis garantias de segurança para a Ucrânia e apoiar um cessar-fogo de 30 dias.

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O chanceler alemão ameaçou este sábado Moscovo com "um agravamento maciço das sanções", se o Presidente russo, Vladimir Putin, recusar o cessar-fogo de 30 dias no conflito na Ucrânia exigido pelos europeus e norte-americanos.

Numa entrevista publicada no jornal alemão Bild, Friedrich Merz afirmou que, se o Kremlin não responder, "haverá um agravamento maciço das sanções e a ajuda maciça à Ucrânia continuará. No plano político, claro, mas também no plano financeiro e militar".

Além de Merz, que realiza a primeira visita ao país desde que tomou posse esta semana, chegaram a Kiev os primeiros-ministros britânico, Kier Starmer, polaco, Donald Tusk, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, para uma reunião com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a qual vão debater possíveis garantias de segurança para a Ucrânia e apoiar um cessar-fogo de 30 dias.

Os líderes europeus, juntamente com o Presidente ucraniano, deslocaram-se à Praça Maidan, no centro de Kiev, onde colocaram velas e observaram um minuto de silêncio junto ao memorial aos soldados mortos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Estes líderes europeus, que chegaram de comboio à capital ucraniana, enviaram uma declaração conjunta ao Kremlin a pedir que declare um cessar-fogo de 30 dias exigida pelos ucranianos, que é apoiado pelos países aliados da Europa e pelos Estados Unidos.

"Uma paz justa e duradoura começa com um cessar-fogo completo e incondicional", declarou Macron na rede social X, na chegada à capital ucraniana.

"Esta é a proposta que formulámos em conjunto com os Estados Unidos", acrescentou Macron, lembrando que a Ucrânia aceitou depor as armas durante um mês em 11 de março e acusou a Rússia de impor condições para "ganhar tempo" e continuar a guerra.

Macron acrescentou que "se Moscovo persistir com o bloqueio", a pressão europeia sobre a Rússia aumentará "em estreita coordenação com os Estados Unidos".

"Acolhemos com satisfação o apelo [do Presidente norte-americano, Donald] Trump para tomar esta medida", acrescentou Macron.

O Presidente francês acrescentou que qualquer acordo de paz deve incluir garantias de segurança para a Ucrânia.

"Trabalhámos nisso em reuniões em Paris, Londres e hoje em Kiev. Estamos a avançar juntos", disse Macron.

França, Reino Unido, Alemanha e Polónia fazem parte da chamada "Coligação dos Dispostos", composta por países que trabalham na possível criação de um contingente militar de manutenção da paz a ser destacado para a Ucrânia no final desta guerra para impedir a Rússia de lançar uma nova invasão no futuro.

Em Kiev, os líderes europeus participam ainda numa reunião virtual com os demais membros da "Coligação dos Dispostos", liderada por Londres e Paris, para discutir "garantias de segurança" para a Ucrânia no caso da cessação das hostilidades.

Vão informar os outros participantes deste grupo sobre "os progressos realizados no sentido de uma futura coligação que reúna forças aéreas, terrestres e marítimas" para ajudar o exército ucraniano "após um possível acordo de paz" com a Rússia.

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  • Quais garantias?
    10 mai, 2025 Já as teve e deu no que deu 10:11
    Mas quais garantias de segurança para a Ucrânia... Ela teve essas garantias quando renunciou e devolveu o arsenal nuclear que tinha no território e que era "apenas" o 3.º arsenal nuclear mundial, e qual foi o resultado dessas garantias de segurança? Um invasão e uma guerra que continua. Querem garantias de segurança para a Ucrânia? Integram-na na NATO com plenos poderes - e no mesmo processo aproveitem para correr com Hungrias e Eslováquias - , ou devolvam-lhe as ogivas nucleares que ela entregou ao Ocidente: nem sequer a Rússia é doida suficiente para manter uma guerra contra um País com armas nucleares, e que a odeia acima de tudo.

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