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Guerra na Ucrânia

Putin propõe negociações diretas com a Ucrânia para 15 de maio

11 mai, 2025 - 00:13 • Carolina Paredes , Diogo Camilo com Reuters

Presidente russo deu conferência de imprensa durante a madrugada em que propôs negociações a realizarem-se em Istambul, na Turquia. "A nossa proposta está em cima da mesa. A decisão, agora, é das autoridades ucranianas", disse.

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O presidente russo, Vladimir Putin, propôs este sábado negociações diretas com a Ucrânia para o dia 15 de maio, a realizarem-se em Istambul, na Turquia, numa tentativa de "eliminar as causas profundas do conflito" e "alcançar a restauração de uma paz duradoura e de longo prazo".

Em declarações na madrugada deste domingo, em Moscovo, Putin apontou que "não foi a Rússia que quebrou as negociações em 2022", mas sim Kiev, mas diz-se aberto a retomar as negociações.

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"No entanto, propomos que Kiev retome as negociações sem quaisquer pré-condições", acrescentou. Em conferência de imprensa, depois de várias reuniões bilaterais com líderes mundiais que participaram nas celebrações do Dia da Vitória em Moscovo, o líder da Rússia afirmou ainda que o Kremlin apresentou várias iniciativas para um cessar-fogo, mas que a Ucrânia nunca respondeu.

"A nossa proposta está em cima da mesa. A decisão, agora, é das autoridades ucranianas", disse Vladimir Putin, que não descarta um possível acordo de trégua durante estas negociações.

A decisão de Putin acontece depois de este sábado os líderes europeus e dos Estados Unidos terem dado o seu apoio à proposta de um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.

"Apoiamos a proposta de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Deve ser implementada sem pré-condições para abrir caminho a negociações de paz significativas. A bola está agora no campo da Rússia", declarou Ursula von der Leyen nas redes sociais.

A proposta aconteceu depois de uma reunião com a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, do presidente francês, Emmanuel Macron, dos primeiros-ministros do Reino Unido e da Polónia, Keir Starmer e Donald Tusk, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz.

Na altura, o Kremlin indicou, através do seu porta-voz Dimitri Peskov, que a possibilidade de novas sanções europeus não afetariam a sua posição e exigiu o fim dos envios de armas para a Ucrânia.

O anúncio de Vladimir Putin acontece também no último dia de um cessar-fogo unilateral de três dias declarado pela Rússia, que a Ucrânia diz ter sido repetidamente violado pelas forças do Kremlin. A visita dos líderes europeus à Ucrânia marcou a primeira vez que os líderes dos quatro países viajaram juntos para a Ucrânia, enquanto Friedrich Merz efetuou a primeira deslocação a Kiev como novo chanceler da Alemanha.

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  • Quais negociações?
    11 mai, 2025 A Russia vai reapresentar o mesmo ultimato 09:43
    Mera cosmética, tal como dizer que foi a Ucrânia que quebrou as ditas "negociações" em 2022: não se negoceiam ultimatos e quem invadiu foi a Rússia. Isto não passa duma jogada de Putin para não ficar como o mau da fita. Que vai ele propor à Ucrânia? Um calendário para a retirada das forças russas de território ucraniano? Uma indemnização de guerra por ter destruido o País? Uma faixa desmilitarizada de 50Km para cada lado da Fronteira? Ou vai "propor" o que sempre propos, "deem-me as 4 provincias que anexamos por inteiro, desarmem o vosso exército que não queremos resistência a sério quando avançarmos para tomar toda a Ucrânia e nem pensem em indemnizações, NATO ou UE". Alguém acredita que a Rússia vai "propor" outra coisa? E alguém acredita na Rússia?

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