13 mai, 2025 - 18:48 • Fábio Monteiro com Reuters
O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta terça-feira um acordo com a Arábia Saudita para a venda de armamento no valor de 142 mil milhões de dólares (aproximadamente 131 mil milhões de euros). O entendimento marca um novo capítulo na relação entre Washington e Riade, segundo o próprio Trump.
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A venda inclui equipamento militar norte-americano e é descrita pela Casa Branca como “o maior acordo de vendas de defesa da história”. A assinatura do contrato surge num momento em que os dois países procuram reforçar os laços estratégicos, após anos de tensões diplomáticas.
“Estamos a tornar esta relação mais poderosa do que nunca”, afirmou Trump durante o seu discurso em Riade, elogiando o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, com quem trocou elogios públicos. “Acredito verdadeiramente que gostamos muito um do outro”, acrescentou.
A venda de armamento ofensivo aos sauditas tinha sido suspensa em 2021 pela administração Biden, devido ao papel de Riade na guerra do Iémen e ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, ocorrido em 2018.
Estados Unidos
Versão luxuosa do avião foi oferecida pela família(...)
O congelamento foi levantado no ano passado, permitindo o retomar das negociações.
Apesar das ambições de Trump em reaproximar Riade de Telavive, a possibilidade de um acordo de normalização com Israel, nos moldes dos Acordos de Abraão, foi descartada, num contexto marcado pela guerra em curso na Faixa de Gaza.
O ex-presidente norte-americano aproveitou ainda o momento para criticar a administração Biden, defender o levantamento de sanções à Síria e expressar vontade de negociar com o Irão, embora tenha alertado para possíveis represálias caso Teerão recuse o diálogo.
“Nunca hesitarei em usar o poder americano para defender os nossos aliados”, disse, referindo-se à recente ofensiva contra alvos dos Huthis no Mar Vermelho, que, segundo Trump, “foram atingidos com força”.