16 mai, 2025 - 23:10 • Fábio Monteiro
A agência de notação financeira Moody’s retirou esta sexta-feira a classificação máxima (AAA) aos Estados Unidos, revendo em baixa o rating da dívida soberana para Aa1, devido ao agravamento do peso orçamental num contexto de juros elevados.
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Em comunicado, a Moody’s justificou a decisão com o crescimento da dívida pública e dos encargos com juros para níveis "significativamente superiores" aos de outros países com notação semelhante.
O défice orçamental dos EUA atingiu os 1,05 biliões de dólares (cerca de 967 mil milhões de euros) desde o início do ano fiscal, um aumento de 13% face ao período homólogo, impulsionado por juros mais altos e pelo acréscimo de dívida necessária para financiamento do Estado. A entrada de receita alfandegária atenuou parcialmente o desequilíbrio no último mês.
A Moody’s era a única das três grandes agências a manter a classificação AAA dos EUA. Com esta revisão, alinha-se agora com a Standard & Poor’s, que desceu o rating para AA+ em 2011, e com a Fitch, que tomou a mesma decisão em 2023.
“As sucessivas administrações e congressos dos EUA não conseguiram chegar a acordo sobre medidas para inverter a tendência de elevados défices anuais e crescimento dos encargos com juros”, refere a Moody’s.