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Eurovisão: Presidente da espanhola RTVE pede "paz e justiça para a Palestina"

17 mai, 2025 - 23:14 • Lusa

A mesma mensagem foi transmitida pela TVI, pouco antes do início do 69.º Festival Eurovisão da Canção, a decorrer em Basileia, na Suíça, e que conta com Israel entre os países em competição.

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O presidente da RTVE pediu "paz e justiça para a Palestina", referindo que "o silêncio não é uma opção", após a organização da Eurovisão ter avisado que a emissora espanhola pode ser multada caso repita os comentários sobre Israel.

"O silêncio não é uma opção", lê-se numa publicação na conta oficial do presidente da emissora pública de Espanha na rede social X, antigo Twitter, que é acompanhada por um vídeo com uma mensagem em inglês e espanhol, sobre um fundo preto: "perante os direitos humanos, o silêncio não é uma opção. Paz e justiça para a Palestina".

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A mesma mensagem foi transmitida pela TVI, pouco antes do início do 69.º Festival Eurovisão da Canção, a decorrer em Basileia, na Suíça, e que conta com Israel entre os países em competição.

A mesma mensagem foi também publicada hoje na conta oficial da RTVE na rede social X, momentos antes do início da final do concurso, a decorrer desde as 20h00 de Lisboa na St. Jakobshalle, em Basileia, e com transmissão em direto para países de todo o mundo.

A União Europeia da Radiodifusão (UER), que organiza o Festival Eurovisão da Canção, advertiu a RTVE de que será multada caso na transmissão da final de hoje se repitam os comentários sobre os mortos resultantes da ofensiva israelita em Gaza.

Numa carta, dirigida à chefe da delegação espanhola, Ana María Bordas, a UER recorda à RTVE que as regras da Eurovisão "proíbem declarações políticas que podem comprometer a neutralidade do concurso".

"O número de vítimas não tem lugar num programa de entretenimento apolítico, cujo lema "Unidos pela música" encarna o nosso compromisso com a unidade", lê-se na missiva, à qual o jornal El Pais teve acesso.

Na quinta-feira, antes da atuação da representante israelita, Yuval Raphael, na segunda semifinal, os comentadores espanhóis Tony Aguilar e Julia Varela recordaram, durante a emissão no canal La2, que a RTVE pediu formalmente à organização do festival para que fosse aberto um debate sobre a continuidade do país no concurso, no meio da ofensiva israelita na Palestina.

Além disso, citaram as "mais de 50 mil" mortes de palestinianos - já são mais de 53 mil - que a atual ofensiva causou desde o início, em outubro de 2023, incluindo mais de 15 mil crianças, de acordo com as Nações Unidas.

"Condenamos qualquer tentativa de ingerência e defendemos o compromisso da RTVE com a informação verídica"

Os conselhos de redação da RTVE manifestaram a sua preocupação com a "ameaça" da UER, num comunicado publicado na rede social X, e defenderam o direito dos comentadores a trabalharem com "liberdade e responsabilidade".

"Condenamos qualquer tentativa de ingerência e defendemos o compromisso da RTVE com a informação verídica, especialmente face a acontecimentos de relevância internacional", lê-se na publicação.

Esta edição da Eurovisão está a ficar marcada pelo conflito israelo-palestiniano, à semelhança do que aconteceu em 2024.

Manifestantes pró-Palestina e a polícia entraram hoje em confronto em Basileia, durante uma manifestação que juntou várias centenas de pessoas contra a participação de Israel no concurso.

De acordo com a Agência France Presse (AFP), os confrontos tiveram início pouco antes de a representante de Israel, Yuval Raphael, ter atuado na St. Jakobshalle.

Empunhando bandeiras palestinianas, os manifestantes seguiam atrás de uma grande faixa onde se lia "Unidos pela Palestina" e um trocadilho com a palavra Eurovisão, "Liberta a tua visão", com um coração no lugar da letra v, descreve a AFP.

Os manifestantes queimaram uma bandeira de Israel e uma outra dos Estados Unidos da América e num dos vários cartazes empunhados pelos manifestantes pode ler-se "Cantar enquanto Gaza arde".

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