18 mai, 2025 - 15:52 • Olímpia Mairos , com Lusa
O governo de Israel anunciou este domingo o lançamento de "extensas" novas operações na faixa de Gaza, um dia depois do início de uma nova ofensiva no território palestiniano de mais de dois milhões de pessoas.
De acordo com a agência de notícias norte-americana AP, o comunicado das forças armadas de Israel surge para pressionar o Hamas a concordar com os termos do acordo de cessar-fogo proposto por Israel.
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Segundo os líderes militares israelitas, o exército matou dezenas de combatentes palestinianos e atingiu mais de 670 alvos em ataques preliminares durante a semana passada, mas os funcionários de instalações médicas dizem que o número de mortos está nas centenas.
Há carga pronta para encher nove mil camiões de ma(...)
O Ministério da Saúde do Governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou hoje que "todos os hospitais públicos" no norte deste território estão fora de serviço, depois de o exército israelita ter invadido a última unidade em funcionamento.
"A ocupação israelita intensificou o seu cerco, com pesada artilharia em torno do hospital indonésio e seus arredores, impedindo a chegada de pacientes, pessoal médico e materiais médicos, forçando o hospital a fechar", disse o ministério, em comunicado.
Os ataques levados a cabo por Israel contra a Faixa de Gaza durante a noite e no dia de hoje fizeram mais de cem mortos, segundo fontes hospitalares.Israel lançou, nos últimos dias, ataques generalizados em Gaza e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma nova escalada para prosseguir o seu objetivo de destruir o Hamas, no enclave.
As autoridades de Gaza elevaram no sábado para quase 53.300 o número de mortos resultante da ofensiva militar israelita contra o enclave, desde o seu início, após os ataques levados a cabo a 7 de outubro de 2023 pelo Hamas e outros grupos palestinianos, que causaram cerca de 1.200 mortos e perto de 250 raptados, segundo o balanço oficial fornecido pelas autoridades israelitas.
No sábado, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, exigiu a Israel que acabe com o bloqueio que impede a entrada de comida e apoio humanitário na Faixa de Gaza.
Numa publicação na rede X, António Costa mostrou-se “chocado com as notícias diárias que chegam de Gaza: civis a morrer de fome, hospitais novamente atingidos por ataques”.
Para António Costa, “o que está a acontecer em Gaza é uma tragédia humanitária. Um povo inteiro está a ser submetido a uma força militar esmagadora e desproporcional. O direito internacional está a ser sistematicamente violado”.
“Um cessar-fogo sustentado e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns são mais urgentes do que nunca”, assinalou António Costa.
Segundo a Defesa Civil Palestiniana, uma organizaç(...)