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Boeing do Catar voa para a Casa Branca. EUA aceitam presente de 400 milhões

22 mai, 2025 - 00:45 • Miguel Marques Ribeiro

Chefe do Pentágono, Sean Parnell, garante que todas “as regras federais e regulações” foram cumpridas, mas a decisão está a provocar forte polémica.

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Os Estados Unidos aceitaram a oferta do Boeing 747 da família real do Catar. O avião vai integrar a frota presidencial Air Force One.

O presente de luxo, no valor de 400 milhões de euros, foi recebido pelo Departamento de Defesa.

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O chefe do Pentágono, Sean Parnell, garante que todas “as regras federais e regulações” foram cumpridas, mas a decisão está a provocar forte polémica desde que foi anunciada no contexto do périplo de Donald Trump pelo Médio Oriente, em que visitou, para além do Catar, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.

“Isto é a definição de corrupção"

Democratas e alguns republicanos têm questionado os motivos do família real catari, sugerindo que a oferta é uma forma de influenciar a seu favor a administração Trump.

Outras das preocupações prende-se com questões de segurança, dada a possibilidade de o avião conter mecanismos de vigilância indesejados.

Um senador democrata do Connecticut , Chris Murphy, citado pelo The Guardian, condenou de forma contundente a disponibilidade da administração Trump para aceitar a oferta: “Isto é a definição de corrupção. São governos estrangeiros a meter dinheiro nos bolsos do presidente e depois os Estados Unidos a oferecerem-lhes concessões de segurança nacional que ferem a sua própria segurança”.

O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, negou a existência de quaisquer segundas intenções. “Vejo-o com algo normal entre aliados”, declarou, recusando qualquer tentativa de subornar Trump.

Poderá levar anos e milhões de dólares para equipar o veículo

A Constituição americana tem uma cláusula que proíbe os funcionários do Estado (entre os quais se inclui o Presidente) de aceitarem quaisquer ofertas de países estrangeiros sem autorização do Congresso.

O Presidente Trump alega a seu favor que a oferta não foi aceite por ele pessoalmente, mas pelo Departamento de Defesa e garantiu que não se irá apropriar do avião depois de abandonar o cargo.

Outro dos argumentos de Trump prende-se com a antiguidade da frota, que inclui dois jatos 747-200, de 1990, e vários 757 de menor envergadura.

No entanto, o presidente ainda terá de aguardar até poder usar a nova coqueluche da frota presidencial. Isto, porque poderá levar anos e milhões de dólares para equipar o veículo com sistemas de segurança adicionais e atualizações necessárias para o transporte do mais alto cargo da nação americana.

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