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Guerra na Ucrânia

Rússia e Ucrânia trocaram quase 800 prisioneiros. Acordo é para trocar dois mil até domingo

23 mai, 2025 - 13:21 • Reuters

A troca de prisioneiros deve continuar durante o fim de semana. O Kremlin afasta a hipótese da próxima ronda de negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia ter lugar no Vaticano.

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Ucrânia e Rússia trocaram esta sexta-feira 390 prisioneiros cada, na maior troca de prisioneiros desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022. Os dois países disseram que vão libertar ainda mais prisioneiros nos próximos dias.

O acordo para a troca de mil prisioneiros de cada lado foi o único passo concreto para a paz a resultar das negociações na semana passada, em Istambul, as primeiras conversações diretas entre Rússia e Ucrânia desde março de 2022.

Cada país entregou ao outro 270 soldados e 120 civis esta sexta-feira, prometendo libertar mais no sábado e no domingo.

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Noutro plano, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, questionou a possibilidade de o Vaticano acolher as conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, afirmando que a Santa Sé não se sentiria à vontade para receber duas nações maioritariamente cristãs ortodoxas.

Na terça-feira, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni afirmou que, durante uma conversa telefónica com Leão XIV, o Papa confirmou a disponibilidade para acolher as conversações. O gabinete de imprensa do Vaticano fez comentários adicionais, mas o Papa Leão disse publicamente, logo após a sua eleição, que o Vaticano poderia atuar como mediador em conflitos globais, sem mencionar especificamente a Rússia e a Ucrânia.

Esta sexta-feira, Lavrov, numa intervenção na Academia Diplomática de Moscovo, desconsiderou a ideia de o Vaticano ser o próximo local de encontro e disse que ainda não havia qualquer acordo sobre o local da nova ronda de conversações.

“Muitas pessoas estão a fantasiar sobre quando e onde (a reunião) terá lugar. Não temos nenhuma ideia neste momento”, disse Lavrov.

“Mas imaginem o Vaticano como local de negociações. Seria um pouco deselegante para os países ortodoxos utilizarem uma plataforma católica para discutir questões sobre a forma de eliminar as causas profundas [do conflito]”, argumentou.

“Penso que não seria muito confortável para o próprio Vaticano receber delegações de dois países ortodoxos nestas circunstâncias”, acrescentou Lavrov.

[notícia atualizada às 20h40]

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