23 mai, 2025 - 12:55 • Olímpia Mairos , Daniela Espírito Santo
[Notícia atualizada às 14h49 de 23 de maio de 2025 para acrescentar resultados em bolsa]
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiantou esta sexta-feira na sua Rede Social Truth a aplicação de uma tarifa direta de 50% sobre os produtos provenientes da União Europeia (UE), a partir de 1 de junho de 2025.
“A tarifa não será aplicada se o produto for construído ou
fabricado nos Estados Unidos”, escreve Trump.
Segundo o Presidente norte americano, a União Europeia, que “foi formada com o objetivo principal de tirar vantagem dos Estados Unidos no comércio”, não tem facilitado as negociações.
“As nossas discussões com eles não estão a levar a nada!”, diz.
O Presidente dos EUA acrescenta que "as poderosas barreiras comerciais" da UE , assim como os "impostos sobre o valor acrescentado, penalizações ridículas às empresas, barreiras comerciais não monetárias, manipulações monetárias, processos judiciais injustos e injustificados contra empresas americanas, entre outros, resultaram num défice comercial com os EUA superior a 250 milhões de dólares por ano, um número totalmente inaceitável”.
Segundo a Reuters, a Comissão
Europeia não quis comentar a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de
impor uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia a partir de 1 de
junho. A instituição afirmou que aguardará a conversa telefónica marcada para
as 16h (hora de Lisboa) entre Maros Sefcovic, responsável pelo comércio da UE,
e o seu homólogo norte-americano, Jamieson Greer.
As bolsas europeias estão em queda na sequência da ameaça de tarifas de 50% de Donald Trump.
A bolsa alemã está mesmo a atingir mínimos recorde, de acordo com a imprensa especializada, depois de ter registado bons resultados nas últimas semanas. Também há registos de quedas em França, Espanha e Itália. Em Portugal, o PSI 20 registava, poucos minutos depois das 14h, uma queda de 1,33%.
Wall Street também abriu em queda esta sexta-feira. Trump quer impor também uma tarifa de 25% sobre todos os iPhones fabricados fora dos EUA, o que também está a afetar os resultados em bolsa.