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​Irão afasta possibilidade de suspensão do enriquecimento de urânio

26 mai, 2025 - 10:55 • Lusa

Teerão, que defende o direito à energia nuclear civil, especialmente para a energia, considera esta exigência uma "linha vermelha" contrária às disposições do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Irão é signatário.

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O Irão afastou qualquer possibilidade de suspender o seu programa de enriquecimento de urânio para chegar a um acordo nuclear com os Estados Unidos, cujas negociações foram descritas como “muito boas” pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

"Esta informação é produto da imaginação e é completamente falsa", disse esta segunda-feira o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baghai, quando questionado sobre esta possibilidade durante uma conferência de imprensa.

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O porta-voz iraninano anunciou também que um funcionário da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o organismo nuclear da ONU, iria visitar o Irão nos próximos dias.

Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, e Israel suspeitam que Teerão queira adquirir armas nucleares. O Irão nega ter tais ambições militares.

O enviado dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, que lidera as negociações para Washington desde 12 de abril, disse que os Estados Unidos "não podiam permitir nem 1% da capacidade de enriquecimento" para o Irão.

Teerão, que defende o direito à energia nuclear civil, especialmente para a energia, considera esta exigência uma "linha vermelha" contrária às disposições do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Irão é signatário.

O Irão e os Estados Unidos, que realizaram uma quinta ronda de negociações mediadas pelo Omã sobre um acordo nuclear iraniano em Romana sexta-feira, saíram sem qualquer progresso significativo, mas disseram estar prontos para novas discussões, que descreveram como construtivas.

Entretanto, Teerão afastou esta segunda-feira qualquer possibilidade de suspender o seu enriquecimento de urânio para chegar a um acordo.

De acordo com a AIEA, o país está atualmente a enriquecer urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% permitido pelo acordo nuclear de 2015 com as principais potências, do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018. O Irão diz que quebrou os seus compromissos em retaliação pela retirada dos EUA do pacto, que havia sido assinado em 2015.

Os especialistas estimam que o urânio enriquecido acima dos 20% possa ter potenciais aplicações militares. Para fazer uma bomba, o enriquecimento deve ser levado a 90%.

Donald Trump, que tem pedido aos líderes iranianos que cheguem a um acordo, também ameaçou bombardear o Irão se a diplomacia falhar.

"Tivemos discussões muito, muito boas com o Irão", disse Trump no domingo, em Nova Jérsia, antes de embarcar no seu avião de regresso a Washington.

"E não sei se vos vou anunciar algo de bom ou de mau nos próximos dois dias, mas tenho a sensação de que será algo de bom. Fizemos um progresso real, um progresso sério", acrescentou o líder dos EUA.

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