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União Europeia preocupada com laços entre China, Coreia do Norte e Rússia

31 mai, 2025 - 13:52

A China, parceira da Rússia, tem sido acusada de fornecer tecnologia militar a Moscovo, e a Coreia do Norte enviou soldados para combater nas fileiras russas, além de armamento.

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A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, qualificou este sábado as contribuições da China e da Coreia do Norte para a Rússia na guerra contra a Ucrânia como um desafio de segurança global "extremamente preocupante".

A China, parceira da Rússia, tem sido acusada de fornecer tecnologia militar a Moscovo, e a Coreia do Norte enviou soldados para combater nas fileiras russas, além de armamento.

"Quando a China e a Rússia falam em liderar, em conjunto, mudanças que não se viam há cem anos e revisões da ordem de segurança global, devemos estar extremamente preocupados", afirmou Kallas no fórum Diálogo de Shangri-La, em Singapura.

"É o grande desafio do nosso tempo", disse a antiga primeira-ministra da Estónia e atual Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia (UE), citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Kallas afirmou no fórum de defesa mais importante da Ásia que "a segurança da Europa e a segurança do Indo-Pacífico estão intimamente ligadas".

A representante da UE foi precedida no pódio em Singapura pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que alertou para alegados planos chineses de invasão iminente de Taiwan.

Hegseth procurou tranquilizar os aliados asiáticos quanto ao apoio dos Estados Unidos e apelou para o aumento das despesas com a defesa, tal como fez com os europeus.

Questionada sobre a pressão norte-americana para europeus e asiáticos gastarem mais em defesa, Kallas disse que isso é melhor do que a ausência de apoio ou de relações.

Kallas referiu que a UE quer construir "alianças de interesse mútuo" na Ásia-Pacífico, incluindo no domínio da defesa.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, abriu o fórum na sexta-feira com um apelo a uma "aliança entre a Europa e a Ásia" para não serem "vítimas das superpotências", como os Estados Unidos ou a China.

O grande ausente do evento deste ano é o ministro da Defesa chinês, Dong Jun.

O Ministério da Defesa da segunda maior economia do mundo anunciou na quinta-feira a participação no fórum de Singapura de uma delegação da Universidade de Defesa Nacional em vez de Dong, sem dar maiores explicações.

Nos últimos anos, a China enviou sempre o ministro da Defesa, que costumava reunir-se com o homólogo dos Estados Unidos à margem do fórum.

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