09 jun, 2025 - 23:22 • João Pedro Quesado com Lusa
O Exército dos Estados Unidos da América (EUA) confirmaram esta segunda-feira o envio de 700 fuzileiros (Marines) para Los Angeles para apoiar os militares da Guarda Nacional na resposta aos protestos contra a detenção de imigrantes.
"A ativação dos Marines tem a intenção de dar à Task Force 51 números adequados de forças para fornecer cobertura contínua da área em apoio à agência federal principal", afirmou o Exército.
Segundo a agência AP, que obteve junto de três fontes anónimas confirmação da decisão de envio dos militares. Estes vão partir da base em Twentynine Palms, no deserto do sul da Califórnia, para a maior cidade do estado.
O envio dos militares foi inicialmente noticiado pela CNN, que também apontou o envio de 700 efetivos. Alguma comunicação social apontou para um contingente inferior.
Um alto funcionário norte-americano confirmou à AFP o envio de 500 militares, devido "ao aumento das ameaças contra as autoridades federais e os edifícios federais", que terão como missão proteger.
Estados Unidos da América
O procurador-geral da Califórnia e Gavin Newson an(...)
Esta segunda-feira, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que vai processar o Presidente norte-americano, Donald Trump, por causa do destacamento da Guarda Nacional para travar manifestantes em Los Angeles.
"Era exatamente isso que Donald Trump queria. Ele incitou os incêndios e agiu ilegalmente para federalizar a Guarda Nacional", declarou esta segunda-feira Gavin Newsom na rede social X na segunda-feira.
Na sequência dos protestos em Los Angeles, pelo menos 56 pessoas foram detidas durante o fim de semana.
Várias pessoas ficaram feridas entre as quais uma jornalista australiana, atingida por uma bala de borracha disparada pela polícia.
O Presidente norte-americano ordenou o envio de dois mil elementos da Guarda Nacional e 500 fuzileiros foram colocados em prontidão. A medida foi considerada "inflamatória" pelo governador da Califórnia.