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10 jun, 2025 - 00:23 • João Pedro Quesado
O Governo de França pediu à Renault para fabricar drones na Ucrânia, uma informação confirmada pela própria empresa esta segunda-feira. Os sistemas aéreos não-tripulados são um pilar central da defesa de Kiev contra a invasão da Rússia, que começou em fevereiro de 2022, principalmente num contexto de redução do apoio militar ocidental.
Na passada sexta-feira, o ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, afirmou ao canal LCI que as empresas de automóveis e defesa do país iriam trabalhar juntas para montar linhas de produção numa "parceria completamente sem precedentes" para fornecer drones às forças ucranianas, cita o Financial Times.
A fabricante automóvel deverá colaborar com especialistas em drones de pequena dimensão para produzir, em larga escala, drones. Esta será a primeira vez que empresas francesas fabricam armas em solo ucraniano.
Guerra na Ucrânia
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A Renault confirmou o pedido do Governo, declarando que "já houve discussões, nenhuma decisão foi tomada nesta altura porque estamos à espera de detalhes deste projeto do ministério".
Esta será também a primeira vez que a Renault fabrica armamento desde a Segunda Guerra Mundial, quando produziu os tanques R35 para combater, sem sucesso, os famosos Panzers da Alemanha na Batalha da França.
Desde o início da guerra, mais de 40 empresas estrangeiras de defesa para a Ucrânia. Em fevereiro, o ministro de indústrias estratégicas anunciou que o grupo francês Thales, que produz aeronaves e eletrónica militar, tinha assinado um acordo para uma parceria com a empresa estatal ucraniana Ukroboronprom, com intenção de produzir soluções tecnológicas para fortalecer a defesa aérea, radares, guerra eletrónica e comunicações táticas.
